Aconteceu hoje, 13, a solenidade de entrega da gerência do hospital Dr. Francisco Ayres Cavalcante para o estado. O ato é resultado da audiência pública ocorrida no dia 13 de maio e contou com a anuência de vereadores, funcionários da entidade, população em geral e a atual administração pública municipal.
O estado foi informado da decisão, através de requerimento protocolado, cinco dias após a audiência pública. O objetivo era a rescisão amistosa do convênio de municipalização, condição previamente ajustada entre as partes.
A informação é que novos dirigentes foram indicados para a entidade, mas não compareceram ao ato de entrega. O vereador Paulo Nésio justificou a ausência do estado na solenidade afirmando que Agenor Lira, assessor da SESAPI, Secretaria Estadual de Saúde, não podia estar presente na solenidade por razões profissionais. O vereador justificou também que a nova diretora, Valdeci, está com o seu pai com grave problema de saúde e, por fim, o diretor clínico, Silvio Deleno, estava viajando e somente estaria em Amarante após a entrega da gerência da entidade.
O prefeito municipal, Luiz Neto, chegou às 07h00min com secretários e demais assessores e, após discurso, convidou aos presentes para formalizarem a cessão com um ato simbólico de fechamento das portas da entidade (caracterizando a entrega) que, em seguida, foram reabertas por funcionários da nova administração estadual (caracterizando o recebimento da entidade), procedimento acordado entre as partes. Após o gesto simbólico o atendimento prosseguiu normalmente com o médico de plantão Dr. Adonias Prestes, trabalhando em sua rotina normal de trabalho.
A ausência dos representantes do governo do estado fez a administração municipal realizar o ato simbólico apenas com a tesoureira recém-indicada ao cargo, Maria de Jesus Veloso, e funcionários presentes.
Fizemos a nossa parte. Seguimos o desejo da população que reivindicou conosco a devolução da gerência do hospital ao estado. Mais de 1500 assinaturas num abaixo-assinados confirmam isso, além da audiência pública que foi uma verdadeira demonstração da democracia popular. Esta decisão tira de nossas costas um peso que não era nosso, diz Luiz Neto.
A decisão irritou o vereador José Pereira que afirmou: ?por não ter quem recebesse a gerência, a administração não devia ter "dado às costas" ao hospital?. A resposta dos presentes foi imediata: ?A medida foi um consenso! O estado foi informado da decisão e não enviou ninguém para representá-lo. Essa culpa já cabe ao estado e não ao município.
FOTOS DA SOLENIDADE
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