ETANOL: a consolidação do combustível limpo

ETANOL: a consolidação do combustível limpo

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Etanol (?lcool et?lico) ? o mais comum dos alco?is e caracteriza-se por ser um composto org?nico (CH3CH2OH), obtido por meio da fermenta??o de amido e outros a?cares, como a sacarose existente na cana-de-a?car, nos a?cares da uva e cevada e tamb?m mediante processos sint?ticos. ? um l?quido incolor, vol?til, inflam?vel, sol?vel em ?gua, com cheiro e sabor caracter?sticos. A presen?a do oxig?nio, elemento eletronegativo, em sua estrutura molecular, atrai el?trons de liga??o, tornando-o um solvente fortemente polar.

Logo abaixo, o artigo de Jos? Augusto (Cabe?a) enfoca os ?ndices econ?micos da produ??o desse composto org?nico.

ETANOL: a consolida??o do combust?vel limpo

Esse combust?vel limpo j? ? a segunda fonte de energia no pa?s, respondendo por 16% de todo o consumo, decorrente dos ganhos de produtividade nas lavouras e usinas, que derrubaram os custos do barril de etanol de US$ 90, na d?cada de 80, para US$ 30, em 2008, enquanto as cota?es do barril do petr?leo saltaram de US$ 12 para mais de US$ 130, no mesmo per?odo. O Brasil consolidou uma importante posi??o no que se refere ao etanol: ? o segundo maior produtor, atr?s apenas dos EUA, e o maior exportador mundial. Na safra de 2006/07, o pa?s produziu 17,9 bilh?es de litros de ?lcool e deve atingir 27 bilh?es na safra 2008/09. No entanto, a despeito desse cen?rio, in?meras cr?ticas t?m sido feitas sobre a produ??o de ?lcool, responsabilizando o setor, no Brasil e no mundo, pela disparada dos custos dos alimentos. Por?m, uma an?lise mais t?cnica do assunto demonstra a fragilidade dessas opini?es. De um modo geral, porque, no mundo, a ?rea dedicada ? produ??o de biocombust?veis ? de 10 milh?es de hectares e a ?rea para agricultura, de 1,2 bilh?o. Logo, n?o h? sequer senso de propor??o na defesa dessas id?ias.

No Brasil, essas cr?ticas s?o ainda mais insustent?veis. O que comprova isso ? que o pa?s vai produzir a maior safra de gr?os de sua hist?ria, colhendo 142,1 milh?es de toneladas de milho, soja, arroz, feij?o, algod?o, trigo, sorgo, amendoim, mamona, girassol, entre outros. Ao mesmo tempo, obter? a maior produ??o de cana de todos os tempos, em um total estimado em 568,9 milh?es de toneladas, com extra??o de 26,9 bilh?es de litros de etanol, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento. Portanto, se a produ??o de cana-de-a?car cresceu 8,3%, a safra de gr?os 2007/08 revela crescimento de 7,1%, com 5,5% de incremento na produtividade em detrimento de apenas 1,6% de aumento de ?rea plantada. ? importante ressaltar que essa produ??o de gr?os ? t?o exorbitante que ser? suficiente para assegurar o abastecimento dom?stico, sustentar os rebanhos de bovinos, aves e su?nos e dar suporte ao ritmo crescente das exporta?es do agroneg?cio. O fato ? que os verdadeiros respons?veis pelo aumento nos pre?os dos alimentos, na avalia??o de especialistas, s?o: a alta do petr?leo, a redu??o dos estoques mundiais de gr?os, a forte demanda por alimentos de China e ?ndia e a especula??o financeira.

Por?m, as recentes cr?ticas ao etanol n?o arrefeceram o ?nimo dos investidores. O n?mero de usinas de a?car e ?lcool com a?es negociadas na Bovespa - Bolsa de Valores de S?o Paulo - devem dobrar nos pr?ximos 18 meses, conforme consultorias especializadas no setor. Para os pr?ximos seis anos, o valor estimado ? de US$ 17 bilh?es. Ocorre que o movimento de consolida??o de empresas atinge de forma geral o setor de gera??o de energia renov?vel em todo o mundo. Um levantamento global da consultoria KPMG revela que o valor total das fus?es e aquisi?es realizadas em 2007 foi 47% superior ao verificado em 2006. No Brasil, n?o tem sido diferente. O n?mero de transa?es envolvendo usinas saltou de nove, em 2006, para 25, em 2007, com grande parte dos investimentos advindos dos fundos privados. A verdade ? que o Brasil criou uma eficiente agricultura tropical, reconhecida em todo o mundo, que afasta o estigma da economia cl?ssica de que a popula??o cresce em progress?o geom?trica, enquanto a de alimentos cresce em progress?o aritm?tica. Afinal, produzimos mais com menos terra. No dilema de Malthus, como sabemos, a tecnologia n?o foi contabilizada.

Jos? Augusto S. de Oliveira (Cabe?a)

T?cnico Agr?cola

Especialista em Irriga??o e Drenagem

Membro INOVAGRI

Filiado ABID

Colaborador GREENPEACE BRASIL



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As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.

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