O asfalto chega em Amarante, neste início de ano, como um grande presente para a nossa população. Os serviços estão indo a todo vapor como se fosse uma forma de recuperar o tempo perdido. As ruas estarão mais transitáveis e, evidente, com menos poeira irritando os moradores. Alguns dirão: ?este asfalto está chegando agora, véspera do período eleitoral, onde o governador Wilson Martins pleiteia um novo cargo. É um oportunismo dos seus cabos eleitorais aqui do município, como forma de angariar mais votos para o governador chegar ao senado?. Que seja assim, mas, o asfalto é bem vindo. Outros podem ainda questionar sobre a inércia do Governo do Estado em nosso município durante todos esses anos. A falta de segurança, o número reduzido de policiais, o hospital em pandarecos, a UESPI chegando ao fim em sua estrutura física e organizacional. O governo estadual chega tarde, porém chegou. E mostrou a sua cara com os tratores nas nossas ruas.
O prefeito de Amarante, Luiz Neto, disse que está contente pelo governo estadual ter lembrado de Amarante. ?Passei todo esse tempo procurando pelo menos falar com o governador e não consegui. Parecia que, para ele, Amarante não existia. A obra que está sendo iniciada é uma promessa antiga. Nós sabemos que ela está paralisada há muito tempo. Havia, inclusive, uma cerca de arame obstruindo a passagem de veículos e pessoas, no bairro Areias. O ?Rodoanel de Amarante? tão propagado hoje pelos amigos do governador é uma obra estadual que liga uma rodovia do estado para uma rodovia federal. Portanto, não se trata de uma estrada do município. Nada mais coerente que fosse construída pela máquina do Governo do Estado do Piauí, estando aí a sua competência. Passei todo esse tempo procurando alertar o governador sobre a falta de segurança em nossa cidade. Temos apenas quatro policiais tomando conta de um município que se aproxima dos vinte mil habitantes. Antes da chegada do Wilson Martins tínhamos onze soldados e um delegado residente. Ele não ligou para isso e sofremos ataques constantes de bandidos, e aumento considerável de traficantes e drogados em Amarante. Imploramos, durante esses anos, um olhar mais criterioso sobre a UESPI e o Hospital Estadual e nada foi visto pelo Governo do Estado?.
O prefeito, concluiu: ?Sendo assim, mesmo chegando agora, num período que podemos considerar eleitoral e que talvez o objetivo não seja apenas realizar a obra e, também, ganhar dividendos políticos, sinto-me feliz como cidadão amarantino em ver minha cidade sendo beneficiada. E sinto-me mais feliz como gestor de Amarante em saber que durante todos esses anos pressionamos o Estado para que ele cumprisse o seu papel e hoje ele chega pelo menos com uma das obras prometidas. Do lado pessoal e político, eu acrescento: Wilson Martins tinha esse débito comigo, pois eu o apoiei em sua campanha para chegar ao Karnak. Ele, por conta disso, tinha que fazer muito mais por Amarante. Vou continuar pressionando o governo na questão da segurança, da saúde e da Educação. Antes dele ir embora ainda pode fazer mais alguma coisa por Amarante?.
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