A Assembleia Geral das Nações Unidas adotou a resolução A/RES/47/193 de 22 de fevereiro de 1993, através da qual 22 de março de cada ano seriam declarado "Dia Mundial da Água?, para ser observado a partir de 93, de acordo com as recomendações da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento contidas no capítulo 18 (sobre recursos hídricos) da Agenda 21.
Os países comemoram esta data, dedicando ao "Dia Mundial da Água" atividades concretas que promovem a conscientização pública através de publicações e difusão de documentários e a organização de conferências, mesas redondas, seminários e exposições relacionadas à conservação e desenvolvimento dos recursos hídricos.
O direito à água é um Direito Humano e a sustentabilidade de seu uso não deve ser só econômica, mas humana, social, cultural, ambiental e política.
A água é uma substância excepcional, essencial para a vida, alimenta nações, alimenta nossa indústria, atenua nossos problemas, sacia nossa sede e traz beleza e prazer às nossas vidas.
A preocupação com a situação das águas, que em alguns países se tornou nacional, está longe de ter no Brasil a dimensão necessária e merecida. Trazer os rios para o foco das atenções da sociedade deveria ser objetivo de cada cidadão brasileiro.
Integrá-los, ampliar seu número e seu alcance, tem sido a preocupação das ONGs que se propõem conscientizar a população, tecendo os fios de uma rede que já existe potencialmente, acreditando na capacidade que esta rede terá no estabelecimento de uma nova cultura referente às águas e na reedição multiplicadora desta idéia.
Água e saúde são interconectadas de muitas maneiras e é importante considerar a crescente necessidade por água adequada e saudável, para proteger tanto as pessoas quanto o planeta. A água é um dos recursos ameaçados mais preciosos da Terra.
Saúde é um dos recursos mais preciosos de cada pessoa. A situação dos limnossistemas no Brasil e no mundo é extremamente preocupante. Da água doce disponível no mundo, o Brasil detém aproximadamente 12%. Todavia, cumpre lembrar que uma parte incalculável dela foi jogada ao mar com a drenagem parcial e total de lagos e com a retificação de rios.
A parcela que restou vem sendo poluída por esgotos domésticos, efluentes industriais e metais pesados, entre tantos outros contaminantes. A biodiversidade dos limnossistemas está sendo empobrecida por drásticas ações antrópicas.
Diante disto, não basta apenas considerar a água como mercadoria e cobrar por ela. É preciso restaurar e revitalizar os limnossistemas, aproximando legislação, políticas públicas e educação mais da ecologia que da economia. A cobrança pela água em si só tem cabimento se visar o renascimento dos ecossistemas aquáticos.
José Augusto S. de Oliveira (Cabeça)
Técnico Agrícola
Projetista
Esp. Irrigação e Drenagem
Membro INOVAGRI
Colaborador Greenpeace Brasil
As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.