Empresa de Cursinho que atuou em Agricolândia é denunciada por Professores e Alunos em 20 cidades do Piaui

Empresa de Cursinho que atuou em Agricolândia é denunciada por Professores e Alunos em 20 cidades do Piaui

AGRICOLÂNDIA | Divulgação

Pelo menos 20 cidades do Piauí, inclusive a capital Teresina, foram alvo de golpes por uma empresa de cursinhos profissionalizantes. De acordo com as denúncias, a empresa chama-se Qualifica Cursos Profissionalizantes, cujo proprietário foi identificado como Lucas Leal, que, supostamente, aplicou golpes em mais de 3 mil alunos, deixando dívidas com cerca de 30 professores e estabelecimentos comerciais. E ainda, na própria sede da empresa, que funcionava na Rua Rui Barbosa, 520, sala C, Centro-Sul da capital, e que está com pagamento atrasado. A empresa atuava, aproximadamente, há três anos oferecendo cursos profissionalizantes, no entanto, segundo relatos de professores que chegaram a ministrar aulas nos cursinhos, parte das aulas não era ministrada e pelo menos 30 professores não receberam a remuneração acordada. Dentre os relatos ouvidos pela equipe do Jornal Meio Norte, está o de dois professores, que não quiseram se identificar com medo de retaliações. O professor relata a forma como ocorria o convite de trabalho, sem contratos e qualquer vínculo empregatício. “Lucas Leal, inicialmente, vai às faculdades para distribuir panfletos e vai às páginas on-line de empregos para chamar funcionários. Faz uma entrevista, prometendo salário e certificado de participação para os professores. No entanto, ele não permitia nenhum tipo de contrato, quando questionávamos. As aulas eram sempre aos sábados em várias cidades do interior. Dava, no primeiro sábado, a ajuda de custos e logo depois disso, era para fazer o pagamento da hora aula do professor, o que não acontecia. Inclusive, tem alugadas várias salas comerciais no centro de Teresina e paga apenas o primeiro mês, após isso, não paga mais. E de três em três meses ele tem mudado de sede, por falta de pagamento e para não ser facilmente localizado. Este da Rua Rui Barbosa está nessa situação”, relata o professor. O professor declara ainda que, caso aceitassem, eram obrigados a ministrar aulas com conteúdos para que não tinham qualificação e ainda reduziam a capacidade dos alunos inscritos nos cursinhos. “Outro fator é que a gente tinha que ministrar aulas com conteúdos para que não tínhamos qualificação. E ao alegarmos isso, ele nos dizia: ‘Olha, você pega essa apostila e leia em sala. Porque esses alunos são um bando de ignorantes’. Pela forma como ele tratava, muitos já recusavam a ministrar aulas, que foi o meu caso”, destaca um dos professores. Já uma professora afirma que para justificar o não pagamento dos professores, o proprietário alegava não ter dinheiro devido a desistências de alunos dos cursinhos. E que só para ela a empresa ficou devendo quase R$ 2 mil. “Com o passar do tempo, alunos iam ficando insatisfeitos e desistindo das aulas e o cursinho ia perdendo a credibilidade. O proprietário nos alegava não ter dinheiro para efetuar os pagamentos, devido ao grande número desistências dos alunos. A empresa ficou me devendo quase R$ 2 mil, mas pelo visto não vou ver nenhum real”, desanima a professora. Empresa deixa dívidas nas cidades As denúncias dos professores revelam ainda que o empresário chegava a uma cidade, instalava-se, aplicava os golpes e saía devendo a alunos, professores e aos demais serviços contratados, como aluguéis. Cada aluno pagava um valor mensal de R$ 50 para adquirir cursos e vagas de estágio remunerado, o que não acontecia. A empresa tem uma página no Facebook, chamada Qualifica Cursos Profissionalizantes, que foi atualizada pela última vez em setembro de 2014, na qual faz uso de Deus com a seguinte frase "QUALIFICA CURSOS PROFISSIONALIZANTES DEUS NO COMANDO". O Jornal Meio Norte entrou em contato com os números disponibilizados na página e a pessoa que atendeu um dos números se identificou como irmão de Lucas e que não teria o número do irmão naquele momento, pois não sabia de cor, no entanto, negou qualquer relação de Lucas com a empresa.

Fonte: virginia santos e Márcia Gabriele 

Meio Norte Agricolândia

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