O Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS) sobre Mobilidade Urbana, divulgado nesta segunda-feira (24), em São Paulo, mostra que o gasto do brasileiro com transporte público cresceu nos últimos anos e que, atualmente, é praticamente igual a despesa com alimentação.
Em 2000, o gasto com transporte público abocanhava 18,7% das despesas do cidadão, em média. Em 2010, chegou a 20,1%, enquanto a alimentação caiu de 21,1% para 20,2% no mesmo período.
Este dado citado na apresentação do estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) foi retirado da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o IBGE, entre 2002 e 2003, o brasileiro gastava mensalmente R$ 423,20 com alimentação. Em 2008/2009, a despesa com comida caiu para R$ 421,70. Já com transporte, o gasto médio passou, no mesmo período analisado, de R$ 375,90 para R$ 419,20.
A pesquisa do Ipea ouviu 2.770 pessoas em todos os estados e utilizou a técnica de amostragem por cotas, a fim de garantir proporcionalidade no que diz respeito à população. A margem máxima de erro por região é de 5%.
A pesquisa sobre mobilidade urbana indica que 44,3% da população brasileira tem no transporte público seu principal meio de deslocamento. Na região Sudeste, o percentual chega a 50,7%. Apesar da importância desse tipo de transporte, a quantidade de ônibus em circulação no Brasil cresceu menos, de 2000 a 2010, que a quantidade de veículos particulares.
Atualmente, há um ônibus para cada 427 habitantes, e, em 2000 era um para 649 pessoas. Em relação aos carros, a proporção hoje é de um automóvel para cada 5,2 habitantes, enquanto há dez anos era de 8,5.
Fonte: G1
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