“Antes de me matar, eu matei”. Com rancor do povoado Palmeira de Cima e remorso por ter matado uma pessoa por engano, Clewilson Vieira Matias, o “Chiê”, 34 anos, confessou ser o autor da chacina de 31 de outubro em São Miguel do Tapuio, interior do Piauí. O acusado afirmou que pretende tirar a própria vida e justificou ter promovido os crimes por perseguição. Ostentando a tatuagem do terrorista Osama bin Laden em um dos braços, Clewilson chegou de helicóptero no aeroporto de Teresina e foi levado para o quartel do comando geral da Polícia Militar, onde foi apresentado para a imprensa. Raivoso, afirmou que responderia a todos, mas retrucou ao falar de assuntos íntimos: “essas perguntas indecente eu não respondo”. Clewilson afirmou ter matado a esposa com vários tiros no rosto porque descobriu que a mesma o traía com outra mulher. Ele afirmou ter atirado porque já havia visto a agente de saúde Maria Moreira do Nascimento com outra mulher, e a esposa negou a traição. Ao sair de casa, Clewilson encontrou o filho mais velho e pediu desculpas a ele por ter matado a mãe. Depois disso, Clewilson matou outras quatro pessoas. O último deles foi Cláudio Barros de Oliveira, comerciante que ele afirmou ter assassinado por engano. “Eu não matei o Cláudio. Eu matei o Claudinor, mas me disseram que eu tinha matado o Cláudio e eu me arrependo pelo meu compadre”, disse o assassino, em um dos momentos que chorou. O acusado da chacina também foi aos prantos ao falar dos pais, motivo pelo qual ele teria deixado a fuga no mato e voltado para a zona urbana de São Miguel do Tapuio há dois dias. “Eu quero morrer e pedir desculpas ao meu pai, a minha mãe e a família do meu compadre Cláudio”. “Invocado” de “vida boa” Na entrevista, Clewilson Matias disse ser “invocado” com armas, o que justificaria o material apreeendido com ele. O pequeno arsenal foi usado para se vingar da comunidade. “Eu queria saber porque que eles tinham tanta raiva de mim. Eles queriam me ver preso, agora eles conseguiram”, declarou o responsável pla chacina, novamente chorando. Clewilson disse que a comunidade queria expulsá-lo por ter inveja da sua “boa vida”. Ele afirmou ter casas de aluguel e uma esposa que trabalhava e tinhas salário. Admitiu ter sido traficante de drogas, mas disse ter largado a venda de entorpecentes há quatro anos. O responsável pela chacina que chocou o Piauí vai passar a noite preso na Delegacia de Homicídios. Fonte: portal V1
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