Hoje é dia de um profissional que faz parte da vida de muita gente em São Paulo. Ele é o responsável pela segurança de quem mora em prédios. É o porteiro.
Ele nem sempre agrada quando não permite que o entregador de pizza suba ou quando barra algum desconhecido, mas quando a gente pára para pensar - reconhece: o porteiro é mesmo imprescindível principalmente nos edifícios das grandes cidades.
De terno e gravata, no comando do entra e sai do edifício. Tudo com ajuda de um big brother particular: "Eu vejo tudo. São 8 olhos que eu tenho", diz um porteiro.
Sinal dos tempos. Muita coisa mudou desde que o pernambucano José Bosco chegou a São Paulo. "A gente conversava lá fora, com o portão aberto, trocava uma idéia. Não existia cabine de segurança, blindada", diz ele.
Com o aumento da violência, o porteiro passou a ser. "A chave do patrimônio, a chave do prédio sou eu", diz.
Ser porteiro hoje em dia requer preparo. Em cursos, futuros e antigos profissionais aprendem a ficar ligado nos detalhes. Só na capital, são 125 mil porteiros, a grande parte do Nordeste. Na maioria dos casos, os porteiros são homens, mas como algumas das características mais necessárias à profissão são a paciência, a simpatia e a atenção aos detalhes, existem mulheres que exercem a função perfeitamente.
Graça aprendeu a profissão com Paulo Belisário. "Geralmente o pessoal tem medo de perder o serviço se ensinar o porteiro. Eu penso diferente", diz ele.
Não é pra menos. Eles são marido e mulher. "No começo ele pegava muito no meu pé, ficava desesperada, eu via a diferença. Com os outros não era assim", diz ela.
O porteiro acaba mesmo sendo um pouco confidente, quebra-galho e no caso dela uma espécie de babá: "As crianças descem e os pais pedem para dar uma olhadinha", conta Graça.
Para ser porteiro, é preciso também jogo de cintura, diplomacia, mas apesar de tantas exigências, o porteiro Zé só troca pensa em abrir mão do comando por algo que mexeria com qualquer um. "Quando eu acertar na loteria", diz ele.
Fonte: SPTV
Por Mauricio Alves
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