“Acho que estamos indo bem”, diz Trump após queda histórica nas bolsas dos EUA

No Brasil, o dólar comercial caiu 1,23%, encerrando o dia cotado a R$ 5,62 – o menor valor desde 14 de outubro.

Trump se mantém confiante apesar da queda histórica nas bolsas dos EUA | Foto: France Press
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Um dia após detalhar um novo pacote de tarifas sobre produtos importados, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, adotou um tom confiante apesar da reação negativa dos mercados globais. Com informações da Reuters.

“Acho que está indo muito bem. Foi como uma operação, como quando um paciente é operado. E é algo grande. Eu disse que seria exatamente assim”, afirmou nesta quinta-feira (3).

O QUE ACONTECEU

As principais bolsas norte-americanas encerraram o dia com as maiores perdas diárias desde 2020, período marcado pela crise econômica causada pela pandemia de Covid-19. Confira os fechamentos:

  • Dow Jones: queda de 3,98%, aos 40.545,93 pontos

  • S&P 500: recuo de 4,84%, aos 5.396,52 pontos

  • Nasdaq: retração de 5,97%, aos 16.550,60 pontos

O impacto também foi sentido nos mercados da Europa e da Ásia, que acompanharam a tendência de baixa ao longo do dia.

Questionado sobre o desempenho das bolsas, Trump disse que o momento representa uma oportunidade para os Estados Unidos reforçarem sua posição nas negociações comerciais. “Os mercados vão crescer, as ações vão crescer, o país vai crescer, e o resto do mundo quer ver se há alguma forma de fazer um acordo”, declarou, ao deixar a Casa Branca rumo à Flórida.

Mercados globais reagem negativamente

O clima de aversão ao risco também atingiu outras partes do mundo. O dólar teve forte desvalorização e os mercados financeiros operaram no vermelho. No Brasil, o dólar comercial caiu 1,23%, encerrando o dia cotado a R$ 5,62 – o menor valor desde 14 de outubro. O Ibovespa, principal índice da B3, fechou em leve baixa de 0,04%, aos 131.141 pontos, contrariando a tendência global.

A reação dos investidores foi motivada pelo receio de que as tarifas adotadas pelos EUA encareçam insumos e produtos finais, pressionando a inflação e dificultando o consumo. Analistas apontam que o cenário pode levar a uma desaceleração da economia norte-americana, o que contribuiu para a queda do dólar frente a outras moedas.

No caso do Brasil, as tarifas estabelecidas – de 10% – foram menores do que as impostas a outros parceiros comerciais, o que ajudou a conter uma reação mais intensa no mercado local.

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