Os homens são as principais vítimas do câncer no país, segundo a pesquisa Saúde Brasil 2009, divulgada pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira (14). As neoplasias (cânceres) são a segunda categoria de doenças que mais mata no país, com uma taxa de 75,5 mortes para cada 100 mil brasileiros. O estudo aponta que há diferenças nos índices de morte entre os sexos: 82,7 para cada 100 mil homens e 62,5 para cada 100 mil mulheres.
As regiões mais ricas são as que têm os índices mais elevados. Na região Sul, a taxa corresponde a 92,6 mortes a cada 100 mil pessoas. Levando em consideração apenas os homens, esse índice é bem maior, de 106,5.
Já a região Norte apresenta as menores taxas, sem diferenças significativas entre homens e mulheres, com 57,7 por 100 mil habitantes.
Outros fatores fazem a mortalidade masculina ser maior do que a feminina no Brasil. A cada três mortes de pessoas adultas, duas são de homens. Eles vivem, em média, sete anos menos do que as mulheres e têm mais doenças do coração, câncer, diabetes, colesterol e pressão arterial mais elevada.
O risco de morte nos homens é 40% maior do que entre as mulheres, considerando todas as idades. O Sistema de Informação de Mortalidade do Ministério da Saúde registrou 612,8 mil óbitos masculinos e 453,5 mil femininos em 2008.
Entre os homens, o maior número de mortes se concentrou na faixa etária entre 20 e 29 anos, que registrou 7,2% do total de óbitos masculinos, enquanto que para as mulheres esse percentual é de 2,4%. Isso significa que 43.886 homens perderam a vida nessa faixa etária no ano de 2008, quatro vezes mais do que as 10.786 mulheres que morreram na mesma faixa etária.
Por causa desses números, o Ministério da Saúde lançou em 2009 a Política Nacional de Saúde do Homem, com foco na prevenção. De acordo com o governo, "os agravos do sexo masculino são um problema de saúde pública".