O preço da onça de ouro superou pela primeira vez nesta terça-feira a marca de US$ 1.200 no mercado londrino, com o indicador econômico positivo na China e à fraqueza do dólar. A onça-troy (31,104 gramas) de ouro chegou a ser negociada a US$ 1.201,63 às 16h40 (14h40 em Brasília) no London Bullion Market, superando os recordes da semana passada, quando ultrapassou pela primeira vez os US$ 1.180 e depois os US$ 1.190.
A alta da cotação do ouro também é alimentada pela desvalorização do dólar, que deixa o metal mais barato para os investidores com outras moedas. Hoje foi divulgado o índice do setor manufatureiro da China, que mostrou um recorde de alta em novembro, a 55,7 pontos, ante 55,4 em outubro, segundo dados do banco HSBC compilados pela empresa de pesquisa Markit.
Na semana passada, o banco central do Sri Lanka informou em um comunicado que comprou 10 toneladas de ouro das reservas do FMI (Fundo Monetário Internacional) por US$ 375 milhões, segundo comunicado do Fundo divulgado nesta semana. No dia 2 do mês passado, o Fundo anunciou a venda de 200 toneladas de ouro à Índia, ou cerca da metade do total de 403,3 toneladas que o FMI prevê negociar em vários anos para reforçar suas finanças.
A transação com o banco central indiano estabeleceu o pagamento de parcelas diárias entre 19 e 30 de outubro, ao preço de mercado, o que valeu à instituição multilateral US$ 6,7 bilhões. O órgão ainda vendeu duas toneladas de ouro a Maurício (África oriental) no último dia 16, por US$ 71,7 milhões. O FMI ainda dispõe de mais de 200 toneladas de ouro.