A taxa de desemprego no Brasil foi de 7,1% no trimestre encerrado em maio, conforme divulgado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (28).
Comparado ao trimestre anterior, encerrado em fevereiro, houve uma redução de 0,7 ponto percentual na taxa de desocupação, que era de 7,8%. No mesmo trimestre de 2023, a taxa era de 8,3%. Este é o melhor resultado para um trimestre encerrado em maio desde 2014, quando a taxa também foi de 7,1%.
A população desocupada (7,8 milhões) recuou nas duas comparações: -8,8% (menos 751 mil pessoas) no trimestre e -13,0% (menos 1,2 milhão de pessoas) no ano. Foi o menor contingente de pessoas desocupadas desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015.
A população ocupada (101,3 milhões) foi recorde da série histórica iniciada em 2012, crescendo em ambas as comparações: 1,1% (mais 1,1 milhão de pessoas) no trimestre e 3,0% (mais 2,9 milhões de pessoas) no ano. O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi a 57,6%, crescendo nas duas comparações: 0,5% ante o trimestre móvel anterior (57,1%) e 1,2% no ano (56,4%).
EMPREGADOS COM E SEM CARTEIRA
O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) chegou a 38,326 milhões, novo recorde da série histórica da PNAD Contínua, iniciada 2012. Houve alta de 0,9% (mais 330 mil pessoas) no trimestre e de 4,1% (mais 1,5 milhão de pessoas) no ano.
O número de empregados sem carteira no setor privado (13,7 milhões) também foi novo recorde da série histórica, com altas de 2,9% (mais 383 mil pessoas) no trimestre e de 5,7% (mais 741 mil pessoas) no ano.
MERCADO MOSTROU RETOMADA
Após a crise da pandemia, o mercado de trabalho mostrou retomada no Brasil, com abertura de vagas e aumento da renda média. Analistas ainda veem um cenário positivo para 2024, mas com alguma perda de ritmo ante 2023.
Segundo eles, a força do mercado de trabalho desafia a desaceleração da inflação, especialmente de serviços. Com a expansão dos salários, há possibilidade de consumo maior, o que em tese pode pressionar os preços.
(Com informações do IBGE e FolhaPress)