Por Sávia Barreto e Ari Carvalho
Após declarar que o vice na chapa da oposição para o Palácio de Karnak deveria ser de Teresina, o deputado estadual Júlio Arcoverde comprou briga com o ex-governador Zé Filho. É que Júlio elogiou e citou como opção de nome para compor com Ciro Nogueira, o ex-prefeito Sílvio Mendes. Já Zé Filho respondeu e disse que o candidato a vice (ou candidata) deve ser de Parnaíba.
Me tira fora dessa
“Eu não decido, mais apenas dei minha opinião, mas acho que isso precisa ser discutido dentro do partido, quando o meu amigo se filiar no partido, poderíamos começar a discussão. Adoro o Mão Santa, suas filhas, e o Fábio Barros”, retrucou Júlio Arcoverde à coluna, em resposta a Zé Filho, que não quer Fábio Barros como candidato à sucessão do tio Mão Santa.
Refrescando a memória
A coluna teve a memória refrescada e lembra que Sílvio foi vice de Zé Filho em 2014. E isso gerou rusgas até hoje. Zé Filho chegou a dizer alguns anos após a eleição que perdeu: “Será que se eu tivesse sido eleito ele (Silvio) se arrependeria?! Acho que não! Até porque, pelo tamanho da preguiça dele… ele não andou né… Aliás, teve a traição do partido dele, o PSDB, que não ajudou em nada”.
A revanche
Sílvio, por sua vez, também se posicionou a respeito da polêmica: “Não tenho nem reivindico vaga alguma. Estou feliz e grato pelos cargos exercidos, inclusive os eleitos. Ele (Zé Filho) deve ter suas razões para o veto, que não me perturba. Quando ele foi candidato a governador me recusei ser vice dele. Então ele, mesmo sendo governador do PMDB, apoiou o Aécio Neves condicionando eu aceitar ser seu candidato a vice. O Aécio me pediu e fui. Errei”, disse Sílvio, que acrescentou: “Os tempos e conceitos mudam. O caráter e as ingratidões são mais resistentes às mudanças”.