Por Sávia Barreto
O PSL nacional não se entende. Em Teresina, o cenário não é diferente. Enquanto o vereador da capital, Luís André viu ventilada (e, por enquanto, negada) a possibilidade do prefeito de Parnaíba, Mão Santa, se filiar ao partido e até mesmo tomar a direção da sigla no estado, no diretório municipal três correntes disputam o comando em Teresina. Uma reunião marcada para segunda-feira (22/04) deve afinar os discursos. O prazo final para resolver o imbróglio é 15 de maio, já que o comitê do partido do Piauí será lançado oficialmente em 30 de maio.
A vereadora de Teresina, Teresinha Medeiros, o capitão Anderson e o vereador Ricardo Bandeira podem presidir o PSL em Teresina. Na avaliação dos bastidores, Teresinha tem chances por ser parlamentar eleita, mas perde pela resistência interna por já ter presidido a sigla com avanços tímidos.
Ricardo Bandeira também tem interesse, mas o grupo tem restrição. O que se observa é que em algum momento haverá conflito entre o discurso natural dele de defesa da relação com o prefeito Firmino Filho (pois Bandeira tem pé na estrutura orgânica do Executivo Municipal) e a autonomia da legenda que pretende lançar candidato próprio para marcar território no pleito de 2020 na capital.
Como terceira via, Anderson tem o apoio da militância - algo que vale muito no PSL - e pode terminar levando a melhor. A desvantagem são os votos, que os demais postulantes ao cargo argumentam como fator que credencia na direção do partido do presidente Jair Bolsonaro em Teresina.