Por Sávia Barreto
O senador Ciro Nogueira (Progressistas) não disse uma grande novidade à imprensa no final da reunião com os parlamentares do Progressistas na manhã desta segunda-feira, 06. Mesmo com a tentativa de colocar panos quentes, ficou perceptível que há um descontentamento do partido com o governador Wellington Dias (PT), mas ninguém vai romper agora. O Progressistas segue aliado do governador, até porque não condicionou o apoio ao Governo W.Dias a cargos.
Sendo assim, a avaliação deste blog é que o senador possa manter daqui para frente uma postura diferenciada, traduzindo: menos amigável do que tem sido nos últimos anos. E mais atenta às articulações para 2022.
As relações estremecidas entre os dois são frutos de ações que cada um tomou: Ciro Nogueira por expor publicamente de maneira precoce a intenção do partido ter candidatura própria em 2022 ao Governo. É direito da sigla, claro, mas dessa forma, choca-se de frente aos interesses do governador em fazer seu sucessor. E Wellington, por sua vez, contribuiu para a situação ao não aceitar a indicação que o Progressistas fez do nome do suplente José Maia Filho, o Mainha, para a pasta de Meio Ambiente.
A avaliação da cúpula Progressista é que o partido ficou com poucas secretarias com recursos em comparação com siglas como o MDB e o PR, por exemplo.
Wellington Dias repete a estratégia que teve com o PTB no passado: tratando direto com as lideranças do partido, enfraquece a cúpula, dando ao comando da sigla menos poder do que dá aos membros individualmente. Até agora, no xadrez político, Dias continua dando xeque-mate.