Por que W.Dias é o terceiro governador mais influente do país?

Se continuar nessa escalada ascendente, o governador do Piauí credencia-se a voos maiores.

Por Sávia Barreto

Dos governadores do país, o piauiense Wellington Dias (PT) foi considerado o terceiro mais influente em avaliação feita pela cúpula do Congresso. Os dados são da nova rodada do Painel do Poder, pesquisa feita pelo Congresso em Foco em parceria com a In Press Oficina. Dos mais influentes, cinco são do Nordeste e seis governadores fazem oposição ao presidente Jair Bolsonaro.

Os governadores de maior desempenho são Flávio Dino (PCdoB), do Maranhão, Rui Costa (PT), da Bahia, e Wellington Dias. Na sequência vêm Camilo Santana (PT), do Ceará, Renato Casagrande (PSB), do Espírito Santo, e Paulo Câmara (PSB), de Pernambuco. 

Se continuar nessa escalada ascendente, o governador do Piauí credencia-se a voos maiores – leia-se: um candidato a vice-presidente, por exemplo, na disputa de 2022.

Crédito: Reprodução/Instagram

Por que Wellington foi apareceu tão bem no levantamento? O blog Primeira Mão aponta os motivos:

1. 1)    Foi um dos líderes do grupo de governadores estiveram na tropa de choque que discutiu alterações na reforma da Previdência, cujo texto-base foi aprovado nessa quarta-feira pelo plenário da Câmara. 

Conseguiu traduzir um tema complexo com uma linguagem simples, fazendo concessões a pontos importantes e firmando posição em outros tópicos essencial na bandeira dos oposicionistas.

1. 2)    Adoção de discurso moderado tornou-o uma alternativa de fonte importante para a opinião pública através da grande mídia. É recorrente acompanhar na imprensa nacional a visão de Wellington como interlocutor do grupo de governadores do Nordeste.

1. 3)    Última pesquisa Datafolha sobre a popularidade do governo de Bolsonaro mostra um país dividido. 1/3 da população aprova o Governo, quantidade equivalente desaprova e há o mesmo tanto de eleitores sem opinião contundente. 

Ou seja, em um país polarizado, ser uma voz ponderada parece encontrar eco em uma parte significativa da população e dos políticos que não se sentem representados pela estridência política.

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