Por Arimatéa Carvalho
O deputado federal Merlong Solano (PT) protocolou nesta segunda-feira (29) ofício junto ao TCE-PI solicitando a apuração dos contratos, planilhas e atos administrativos da Prefeitura de Teresina em relação às empresas do transporte coletivo.
O parlamentar justifica que a população da capital já sofre com o problema desde 2019 e mesmo depois de um ano da conclusão da CPI dos Transportes promovida pela Câmara Municipal o prefeito Dr. Pessoa continua se abstendo das suas responsabilidades de resolver o problema.
O parlamentar informou que recebe diversas reclamações da população sobre a falta de transporte na capital. Na última sexta-feira (26), o deputado visitou algumas paradas de ônibus para conversar com usuários do sistema, que relataram espera de mais de 3 horas.
“Teresina sofre os efeitos negativos da falta de transporte urbano. Estive na Avenida Frei Serafim em horário de pico para conversar com a população e conferir como está funcionando o sistema e a insatisfação foi geral. Enquanto isso, o prefeito Dr. Pessoa, responsável legal por resolver o problema, informou que acompanha de longe os desdobramentos do caso”, pontuou o deputado.
UM COBRA E O OUTRO NEGA
Merlong Solano destaca que o Setut calcula que hoje o déficit no sistema econômico-financeiro seria de R$ 109 milhões, no entanto a Prefeitura Municipal de Teresina (PMT) não reconhece a dívida e diante do impasse quem mais se prejudica é a população.
O parlamentar reconhece que os R$ 4 que a população paga para utilizar os ônibus não são suficientes para custear o sistema e defende que a Prefeitura arque com o subsídio, dividindo com o Setut parte dos custos da passagem de ônibus.
PASSAGEM CARA
“O Setut diz que precisa de uma passagem de R$ 8 para viabilizar os custos do sistema, mas é um valor muito alto para a população, que já sofre com os efeitos da inflação nas alturas. Por isso defendo o subsídio custeado pela PMT. O TCE tem competência e qualificação para verificar a natureza dos contratos, apurar quem deve a quem, qual o valor da dívida, quanto deve ser investido pela prefeitura para viabilizar o sistema. Vamos acompanhar de perto o trabalho do TCE nesse caso”, reforçou o deputado.