Por Sávia Barreto
Petistas ouvidos nesta segunda-feira, 03, em off pelo blog Primeira Mão, não gostaram nada da ida do deputado Evaldo Gomes e seu partido, o Solidariedade, para a base do governador Wellington Dias (PT): “Fica no governo, pega cargos e depois não vota no PT, igual ao Gessivaldo Isaías (deputado pelo PRB)”, disse um petista que ocupa cargo no primeiro escalão do Governo.
Nos bastidores, o entendimento é de que o governador poderia passar bem sem o apoio do Solidariedade, mas o blog faz três análises de conjunturas que o levaram a se reaproximar de Evaldo Gomes:
1) O apoio de um deputado federal sempre é importante para ajudar o Governo com a interlocução necessária em Brasília. O Solidariedade conta com Marina Santos na Câmara.
2) O fator Mão Santa: o prefeito de Parnaíba estava conversando e chegou a ser convidado a se filiar ao Solidariedade, mas preferiu o Democratas. Aproximando-se do Solidariedae, o governador Wellington Dias tira de Mão Santa um partido que poderia apoiar o prefeito parnaibano no futuro, pensando já em um cenário de 2022, quando o Piauí terá eleição para o Senado e o ex-prefeito poderia concorrer, quem sabe, contra o próprio Wellington. O Solidariedade tem tempo de TV e rádio que contribuem para aguçar o interesse em ter o partido como aliado em qualquer pleito.
3) O Solidariedade fica, portanto, na base do Governo, mas também na base do prefeito Firmino Filho (PSDB), onde indica a presidência da Fundação Wall Ferraz. Só que a ida do partido para o lado governista estadual gerou certo estranhamento no ninho tucano. Firmino trabalha com as eleições 2020 mas, principalmente, com o jogo de xadrez do pleito de 2022, quando deve ser candidato a governador.