Elisângela e Belê na Alepi: a importância de ter mulheres na política

Elisângela e Belê na Alepi: a importância de ter mulheres na política

Por Sávia Barreto

Belê Medeiros

Dos 30 deputados eleitos em 2018, apenas três são mulheres: Teresa Britto (PV), Lucy Silveira (Progressistas) e Flora Izabel (PT). Mas a bancada feminina na Assembleia Legislativa do Piauí deve ter um espaço maior a partir dessa segunda-feira, 17, com a posse confirmada das suplentes Belê Medeiros (Progressistas) e Elisângela Moura (PC do B).

Uma das metáforas para falar de uma mulher que chegou ao poder é que ela “quebrou barreiras”, ou seja, que vem de um lugar fora do poder e apossou-se de algo que não tinha direito. Garantir efetivamente às mulheres espaço na estrutura de poder das instituições é reverter um processo que se desenrola de maneira histórica e institucional e relega às mulheres posições secundárias na esfera pública. 

Mais mulheres na política, traz consequências positivas em geral para a qualidade da vida pública, pois a tendência é que esses grupos antes marginalizados possam participar ativamente da representação dos seus interesses. Mesmo com uma legislação que determina cotas para a participação feminina nas chapas que disputam as eleições no Brasil visando uma maior representatividade de candidatos quanto ao gênero, nota-se que a determinação normativa é desrespeitada quando as candidatas mulheres, por exemplo, não recebem os mesmos recursos financeiros dos partidos para realizarem campanha ou até mesmo quando têm suas candidaturas registradas somente com o intuito de demonstrar cumprimento formal à lei.

Para que a exclusão feminina dos espaços de tomada de poder seja revertida é preciso que existam não apenas leis, mas uma mudança coletiva de mentalidade sobre o papel da mulher na sociedade. A atuação política é uma dessas formas de interferir nos rumos dos Estado, pautando um novo ambiente onde é possível vislumbrar políticas públicas que permitam transformações político-estruturais em benefício da igualdade de gênero.

Elisângela Moura (Foto: Divulgação)

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