CRM apura denúncias de profissionais não-Covid atuando em UTIs

Entidades pedem 14 dias de restrições mais duras

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Por Arimatéa Carvalho

O Conselho Regional de Medicina (CRM) está apurando denúncias de que o município de Teresina está deslocando profissionais de hospitais e outras instituicões não-Covid para atuar em UTIs Covid, sem capacitação. A entidade avalia que isso é ilegal e fere o Código de Ética Médica.

No sábado (20), médicos intensivistas pediram socorro aos gestores e à sociedade para que cumpram medidas restritivas propostas pelo CRM-PI e outras entidades. A proposta é a adoção de medidas mais restritivas durante 14 dias.

A Sociedade de Terapia Intensiva do Piauí enviou ofício ao secretário estadual de Saúde do Piauí, Florentino Neto, e ao Comitê de Operações Especiais (COE), órgão criado pela Sesapi para o controle da pandemia de Covid-19, afirmando que “a demanda por leitos de UTI para pacientes graves, tanto da rede pública como privada, chegou a níveis impossíveis de serem atendidas”. 

Além da falta de leitos que chega a 100% em vários municípios e também na capital Teresina, médicos intensivistas e demais profissionais da linha de frente ainda têm que trabalhar com a escassez de equipamentos, profissionais e de insumos. 

Para o CRM-PI, é de extrema preocupação o aumento da mortandade no Piauí nos últimos dias, acompanhada de um elevado aumento de número de casos positivados para o vírus pandêmico. Assim, o CRM-PI, mais uma vez, pede que os gestores municipais e estaduais de saúde reforcem o efetivo de médicos e demais profissionais para o combate à Covid-19, bem como mantenham o estoque de medicamentos essenciais para o tratamento de pacientes graves, insumos, bem como a necessidade de restringir ainda mais a circulação de pessoas. 

Para a presidente do CRM-PI, Mírian Palha Dias Parente, o principal neste momento é evitar mais colapso no Estado, ao ponto de pessoas morrerem sem direito ao atendimento especializado em leito hospitalar. Além disso, o CRM-PI informa que está vigilante quanto à denúncias de médicos e outros profissionais que estão sendo removidos de instituições de saúde para atuar na linha de frente contra a Covid-19, sem nenhuma capacitação.

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