Por Sávia Barreto
Assim como o PSL nacional, a sigla do presidente Jair Bolsonaro no Piauí não deixa a desejar quando o quesito é confusão. Dessa vez, no evento que parecia tranquilo da posse do diretório municipal da sigla nesta quarta-feira, 17, a mudança nos cargos que preteriu o ex-candidato a senador Elizeu Aguiar foi o estopim para uma crise. O blog Primeira Mão conversou com Aguiar, que só soube que não seria o primeiro vice-presidente e sim o segundo, na hora do evento, quando a mesa estava sendo composta. Seu lugar foi ocupado pelo empresário conhecido como Walter Rei das Motos.
“Não tomei posse. Saí no meio. Me senti desprestigiado. O que custava me chamar antes e avisar? Eu não faço questão de cargo. Mas se não me querem lá, que digam. Estão me chutando. Não tenho como ficar num local em que estou sendo execrado”, disse Elizeu ao blog.
Elizeu chamou a atitude do partido presidido estadualmente pelo vereador Luís André e localmente por capitão Anderson em Teresina, de “imatura”: “Faltou decência. Não se pode construir um partido com tanta rasteira e falsidade”, frisou Aguiar, que pretendia ser candidato a vereador pelo PSL mas não descartava ser candidato a prefeito caso estivesse bem nas pesquisas internas da sigla em janeiro do próximo ano.
“Luís André me ofereceu a direção municipal do PSL e eu não quis. O Anderson era um bom nome. Mas é preciso destacar que na política, quem manda, primeiro é o mandato e segundo é o voto. Eu tive 80 mil votos”, argumentou.
A coluna teve acesso a um documento do diretório estadual na segunda-feira, em que constava o nome de Elizeu como primeiro vice. Já na inscrição feita na Justiça Eleitoral e checada ontem, os nomes haviam sido trocados.