Por Sávia Barreto
Muitas promessas e pouca realização. Foi esse o sentido da avaliação do senador Ciro Nogueira (Progressistas) a respeito da tentativa de aproximação do presidente Jair Bolsonaro com governadores e parlamentares do Nordeste, região onde a popularidade de Bolsonaro é a mais baixa e também onde todos os governadores eleitos são de oposição ao presidente.
“Eu espero que aconteça o mais rápido possível essas ações que o presidente se disponibilizou, principalmente o fortalecimento do Banco do Nordeste, Dnocs, Sudene, que são vitais para o desenvolvimento da nossa região e até agora isso não aconteceu. Nós estamos sentindo falta dessa prioridade por parte da Presidência da República”, disse Ciro ao blog Primeira Mão nesta sexta-feira, 24.
Ciro Nogueira é líder do Progressistas, partido do Centrão que tem proporcionado sucessivas derrotas ao Governo Federal no Congresso Nacional. A relação pessoal de Ciro e Bolsonaro não é das melhores desde que Ciro presidia o partido e barrou a ideia do capitão ser candidato à presidência da República pelo Progressistas. O resto é História. Mas mesmo querendo evitar contato com Ciro, Bolsonaro precisa do Progressistas, já que não tem maioria na Câmara e no Senado Federal.
SALDO DA PRIMEIRA VISITA AO NORDESTE
Na visita, Bolsonaro aproveitou uma reunião com governadores do Nordeste, no Recife, para fazer um apelo pela aprovação da reforma da Previdência no Congresso. Com a presença do presidente, o conselho deliberativo da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) apresentou hoje (24), em Recife, o Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste, a ser implementado em quatro anos, a partir de 2020, em 41 cidades e nas 9 capitais da região.
Além de iniciativas para garantir o crescimento, o plano aponta para 2019, por meio do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), quase R$ 24 bilhões para investimentos nos estados.