Por Sávia Barreto
O grupo de bolsonaristas Capitão Anderson, formado por pré-candidatos e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro no Piauí, foi convidado a assumir o PRTB da capital após intenso desgaste e expulsão do PSL local. No entanto, o grupo alega que depois das intervenções feitas por Marquinhos Monteiro, filho do presidente estadual do partido, Fernando Monteiro, nada ficou definido e formalizado. O cientista político Wesley Demes (foto abaixo), que iria presidir o PRTB em Teresina, informou à coluna que o destino dos bolonaristas agora é o Aliança Pelo Brasil, sigla que Bolsonaro está montando.
“No Aliança só não entraremos se não formos aceitos, como aconteceu aqui no PSL do Piauí. Assim, continuamos sempre seguindo o presidente Jair Bolsonaro e defendendo suas bandeiras e pautas, independente de onde ele estiver. E, especificamente, aqui no Piauí vai depender muito também de quem assumir a frente do partido em formação”, argumentou Wesley Demes. A tendência é que a advogada Rubenita Lessa presida a nova legenda de Bolsonaro em solo piauiense. Mas o nome do senador Elmano Férrer (Podemos) também foi especulado. O senador já se adiantou e negou a pretensão.
Segundo Demes, há um “sério risco” de que quem possa assuma a direção do APL seja o mesmo grupo que “se diz apoiador de Bolsonaro e lá atrás ficaram ao lado do presidente estadual do PSL, Luís André, onde votaram nele e no seu grupo para que assumissem o partido como um todo, até mesmo com a possibilidade de apoio ao prefeito de Teresina, Firmino Filho”. Ou seja, no PSL ou fora dele, os membros das diversas correntes de direita do Piauí seguem em conflito por espaço político – e não seria diferente no cerne da formação do Aliança Pelo Brasil.