O mercado físico do boi gordo enfrenta pressões significativas após baixa nos frigoríficos. No entanto, as boas condições climáticas e forragens abundantes representam um trunfo para os pecuaristas, que podem reter o gado no pasto à espera de melhores preços.
PASTAGENS DE QUALIDADE: ALIADO ESTRATÉGICO
As condições climáticas favoráveis desempenham um papel essencial na qualidade das pastagens, permitindo aos pecuaristas adiar a comercialização do gado. Segundo a S&P Global Commodity Insights, com a arroba do boi gordo negociada a uma média de R$ 315 em São Paulo, a capacidade de manter os animais no campo torna-se uma vantagem estratégica frente à pressão dos frigoríficos.
PRESSÃO DOS FRIGORÍFICOS
A Scot Consultoria destaca que a ponta compradora, bem abastecida, intensifica a pressão sobre os preços. Essa postura estratégica das indústrias frigoríficas reflete-se em negociações pontuais para evitar excessos de oferta.
Nos primeiros dias de dezembro, houve uma queda expressiva de R$ 35 por arroba em São Paulo, com a arroba do boi gordo fechando a R$ 315. A vaca gorda foi negociada a R$ 292 por arroba, e a novilha gorda a R$ 310 por arroba, reforçando a tendência de desvalorização.
MERCADO NACIONAL: QUEDA GENERALIZADA EM DIVERSAS REGIÕES
Levantamentos da Agrifatto indicam desvalorizações em 10 das 17 praças monitoradas, incluindo estados como São Paulo, Mato Grosso, Bahia e Rondônia. Em regiões fora do padrão-exportação, o preço médio caiu para R$ 298,15 por arroba.
Por outro lado, alguns estados, como Goiás e Minas Gerais, registraram estabilidade, apontando possíveis diferenças regionais na dinâmica de mercado.
MERCADO FUTURO
Na Bolsa de Valores (B3), o mercado futuro apresenta uma visão mais positiva. O contrato para março de 2025 fechou cotado a R$ 307,50 por arroba, um aumento de 1,2% em relação ao dia anterior. Esse cenário sugere expectativas de recuperação para o médio prazo, segundo a Agrifatto.
Com informações do site AGRON