Ao anunciar nessa sexta-feira o seu Plano Estratégico 2024-2028, com investimentos de US$ 102 bilhões para os próximos cinco anos- o que corresponde a um crescimento de 31% relativamente ao período que finda em 2023-, a Petrobras trouxe uma informação bastante positiva no sentido da sua contribuição ao equilíbrio ecológico.
A mais importante estatal brasileira, que se notabilizou por seu elevado poder científico e tecnológico na exploração de petróleo e gás em águas profundas, e revolucionou a exploração petrolífera ao criar e implantar o pré-sal, agora inova mais uma vez, ao decidir reservar do seu plano estratégico o expressivo volume de US$ 11,5 bilhões para a execução de projetos de baixo carbono nesse próximo quinquênio.
Conforme seu relatório desta semana, a Petrobras vai contemplar iniciativas e projetos de descarbonização das operações e desenvolver o amadurecimento de negócios no segmento de energias de baixo carbono, com destaque para o biorrefino, as fontes eólicas, solares, e captura e armazenamento de carbono e hidrogênio.
PROJETOS RENTÁVEIS
Ao se voltar para investimentos em projetos de novas energias, escolhendo projetos rentáveis, com prioridade para as parcerias de baixo risco, compartilhando aprendizados, a Petrobrás demonstra sua costumeira disposição de conectar-se com o mundo e contribuir, com soluções adequadas, para as necessidades que o setor energético, em todo o planeta, vem apresentando em decorrência dos desequilíbrios climáticos.
Na média do período de 2024-2028, os investimentos da Petrobrás serão de 11% do total do seu plano estratégico de US$ 102 bilhões, o que indica um avanço da empresa sobre sua própria ocupação em relação aos seus pares do mercado mundial. A previsão da estatal, sobre a qual trabalharão suas estratégicas tecnológicas, é fazer crescer a participação em investimentos de baixo carbono até alcançar 16% do total em 2028.
AMPLIAR A PROTEÇÃO AOS SERES HUMANOS
Com essa meta, o objetivo da Petrobrás deseja, prioritariamente, reduzir a pegada de carbono; proteger o meio ambiente; ampliar a proteção aos seres humanos e atuar integrada a todos os segmentos que buscam zerar a emissão de carbono, uma ambição que prevê que isso seja alcançado sob o controle da empresa até 2050. Nessa escalada, já em 2030, daqui, portanto, a menos de sete anos, as emissões absolutas operacionais serão derrubadas em 30%.
No seu planejamento estratégico, a Petrobras conta com a ambição de zerar qualquer espécie de vazamento; reduzir em 40% a captação de água doce até 2030; redução de 30% na geração de resíduos sólidos até 2030; destinação de 80% dos resíduos sólidos de processos para as rotas de reuso, reciclagem e recuperação até 2030; alcançar ganhos de biodiversidade até 2030, com foco em florestas e oceanos; alcançar 100% das instalações da Petrobrás com planos de ação em biodiversidade, até 2025; ter impacto líquido positivo em áreas vegetadas, até 2030 e elevar em 30% os esforços de conservação da biodiversidade.
Com essas suas estratégicas agora reveladas, a Petrobras conta zerar as fatalidades em suas operações e proporcionar à sociedade brasileira o retorno mínimo de 150% do valor dos seus investimentos em projetos socioambientais voluntários até 2030. Além do êxito em suas operações técnicas e desenvolvimento científico visando a avançar no aspecto da melhoria da biodiversidade, a Petrobrás também almeja ficar bem na fita em outras questões.
Por exemplo, está nos seus planos ficar entre as três empresas mundiais mais bem colocadas no ranking de Direitos Humanos até 2030; ampliar a prática de sua diversidade, tendo ao menos 25% de mulheres na liderança de seus negócios até 2030; ter ao menos 2% de cor e raça em suas lideranças até 2030 e alcançar a meta de mais de 50% de empregados fisicamente ativos, contribuindo para uma vida melhor, mais saudável e produtiva até 2028.