José Osmando

Coluna do jornalista José Osmando - Brasil em Pauta

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Números favoráveis do Boletim Focus apontam urgência na queda da Selic

Projeções positivas indicam um cenário econômico favorável, impulsionando a necessidade de queda da taxa de juros básica da economia brasileira.

Os dados revelados na manhã de hoje pelo Boletim Focus, do Banco Central, fortalecem a certeza de que a economia brasileira está em bom caminho, com todos os indicadores da semana se apresentando de forma positiva. A previsão da inflação para 2024 caiu para um patamar abaixo de 4,0%, situando-se em 3,98%, significando o quarto recuo consecutivo das previsões do mercado.

Confirmando a tendência de queda frente às previsões anteriores dos analistas de mercado, as projeções da semana para os anos de 2023, 2024, e 2026, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira pelo Relatório Focus do Banco Central, ficaram todas abaixo das expectativas. A estimativa do IPCA para este ano caiu pela sexta semana seguida, de 5,12% para 5,06%%.

PROJEÇÕES DE LULA

A projeção para o PIB, por sua vez, deste ano, subiu de 2,14% para 2,18%, na sétima semana consecutiva de melhora, indo no caminho das reiteradas manifestações do Presidente Lula, de que o produto interno bruto do país, em 2023, será superior a 2,5%, podendo até superar essa marca.

A projeção para o PIB de 2024 subiu, de um crescimento estimado em 1,20% para 1,22%, enquanto a de 2025 cresceu de 1,80% para 1,83%. Especificamente para os preços administrados, a projeção do IPCA para 2023 recuou pela 8ª semana seguida, indo de 9,09% para 9,03%. A estimativa para 2024 caiu de 4,50% para 4,44% e as 2025 e 2026, continuaram em 4,0%.

TAXA SELIC

Com relação à taxa Selic fixada pelo próprio Banco Central em 13,75% já pela sétima vez seguida, nesse patamar desde Agosto de 2022, a projeção dos juros básicos da economia brasileira, manteve a projeção da semana passada, permanecendo nos mesmos 12,25% e com projeção para 2024 em 9,50% e a de 2025 foi mantida em 9,0%. Para 2026, o próprio Focus, do BC, projeta taxas em 8,75%. A estimativa para o dólar, é que se mantenha no patamar de R$ 5,00.

Outro aspecto positivo apresentado perlo relatório Focus para a economia brasileira, diz respeito à dívida líquida do setor público, com um recuo na projeção para este ano de 60,60% para 60,47% do PIB. A projeção para a balança comercial brasileira em 2023 subiu de um superávit esperado de US$ 61,15 bilhões para US$ 62 bilhões.

INDICADORES DA ECONOMIA

O relatório Focus, do Banco Central, é divulgado toda segunda-feira às 8:30 horas, e apresenta o resumo das expectativas dos principais agentes do mercado financeiro para os diversos indicadores da economia brasileira. É formulado a partir de pesquisas junto a bancos, consultorias, corretoras, universidades e distribuidoras de valores, sempre com foco nas projeções de inflação, PIB, juros, câmbio e relação com a dívida pública.

Nesta segunda-feira, ante a divulgação de mais um relatório, os economistas e analistas ouvidos pelo Banco Central mostraram-se otimistas com o crescimento do PIB, revisando a projeção para o alto, do mesmo modo como rebaixaram de 6,82% para 6,70% as projeções para a inflação.

EXPECTATIVA DE JUROS MENORES

Diante do crescimento do PIB e da redução da inflação, o próprio mercado que o BC acaba de ouvir, já trabalha com uma projeção de juros menores em 2023, na faixa de 11% até o final do ano, diferentemente dos 13,75% impostos pro Roberto Campos Neto, que insiste em manter as mais altas taxas de todo o mundo que, descontada a inflação, situa-se, no plano real, acima de 9%. O mercado já aposta que em Agosto, na primeira reunião do Copom, as taxas Selic vão ser reduzidas.

A confiança do consumidor brasileiro sobe a um pico elevado, sendo a maior registrada nos últimos quatro anos, conforme revela a Fundação Getúlio Vargas, o que permite acreditar, conforme o ânimo dos economistas, na redução progressiva dos índices de inflação e no corte dos juros Selic para um patamar adequado à realidade e essencialmente necessário à revitalização dos negócios. Uma redução esperada, sobretudo pelos setores da indústria e serviços. Mas, do mesmo modo, favorecendo os consumidores em geral, pois isso representaria queda nas taxas de juros em geral, favorecendo as compras e a tomada de dinheiro nos bancos.

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