Após o reconhecido sucesso do programa Desenrola, lançado em outubro passado e que prossegue até 20 de maio, tendo limpado o CPF de mais de 14 milhões de pessoas e atingido valores superiores a R$ 40 bilhões, o governo decidiu lançar o Desenrola Pequenos Negócios, com as mesmas características, mas voltado agora para atender aos microempreendedores individuais (MEIs), microempresas e empresas de pequeno porte.
O programa vai correr nos mesmos moldes do que beneficia as pessoas físicas, oferecendo um leque de opções de refinanciamento ou pagamento reduzido nos acordos a serem firmados, podendo chegar a até 60 meses de parcelas renegociadas, com carência de 6 meses para início de pagamento, ou redução elevada dos valores, no caso de que o microempreendedor queira pagar a dívida. No caso das pessoas físicas, ocorreram negociações, na quitação dos débitos, com descontos que chagaram até 96%.
Limpando nome e estimulando negócios
Esse programa de renegociação de dívidas e de regularização da vida financeira de pessoas e empresas tem um profundo impacto na economia, pois faz as empresas credoras terem seus negócios normalizados, permite que mais gente, depois das dívidas quitadas ou renegociadas, volte ao consumo, agora com o nome limpo, causando uma grande movimentação no mercado, com empresas e prestadores de serviços, e elevando o bem-estar e a autoestima daqueles que podem voltar às compras.
As empresas credoras que entrarem no programa de renegociação com os microempreendedores terão a garantia do governo de que a renegociação concedida será respeitada. Mesmo na hipótese de um devedor deixar de quitar o débito negociado, o Fundo de Garantia de Operações (FGO) vai assegurar o pagamento da dívida, portanto não havendo prejuízo às empresas participantes.
O alívio trazido pela recuperação do crédito aos negócios, assim como aconteceu com as pessoas físicas, igualmente deverá acontecer com os microempreendedores, pois além do Desenrola lançado para atendê-los, o Governo Lula, uma série de outras iniciativas para estimular as atividades dos pequenos negócios e permitir mais acesso ao crédito.
As medidas estão reunidas no chamado Programa Acredita, que foram pensadas como forma de impulsionar a economia do país, e também como um apelo aos grandes bancos privados para que passem a oferecer mais crédito aos setores produtivos.
Mais crédito para os microempreendedores
No pacote de medidas anunciado nesta segunda-feira, consta um mecanismo para assegurar que o dinheiro emprestado seja utilizado somente para investimentos ou para financiar o capital de giro dos negócios. Também deverão ser oferecidas capacitações e orientações pelo Serviço Brasileiro de Apoio ás Micro e Pequenas (Sebrae).
Faz parte do programa outra iniciativa, que deverá ser dentro do Procred 360, uma linha de crédito especial para MEIs e microempresas com faturamento anual de até R$ 360 mil. As taxas de juros, segundo o Planalto, serão “competitivas.