Uma notícia divulgada neste fim-de-semana me encheu de alívio e esperança quanto ao futuro dos nossos jovens. Trata-se de uma decisão tomada pelas autoridades educacionais da Suécia, de que, pela primeira vez em 15 anos, os alunos suecos voltaram a utilizar os livros impressos em sala de aula, depois que cadernos e livros foram trocados por computadores, tablets, aplicativos e outros dispositivos tecnológicos, lá pelos anos 2009.
A decisão foi anunciada formalmente pela ministra da Educação, Lotta Edholm, acompanhada do necessário esclarecimento de que “se os livros não fossem reintroduzidos à rotina escolar, a Suécia estaria em risco de criar uma geração de analfabetos funcionais.”
As autoridades suecas se baseiam em evidências científicas que apontam a digitalização como causa do mau desempenho dos alunos. A secretária nacional de Educação esclareceu que todas as pesquisas sobre o cérebro das crianças mostram que o ensino baseado em telas não é benéfico e informou que o governo reconhecia a crise na interpretação de texto nas escolas e que os livros impressos “têm vantagem que nenhum tablet pode substituir.”.
A importante reavaliação, que chega em tempo de reparar um erro drástico de 15 anos atrás, chegou acompanhada de outra informação importante: o governo vai investir, até 2025, cerca de 150 milhões de euros – mais de R$ 808 milhões – em um programa de reintrodução de livros impressos e a redução do uso de telas para recuperar a habilidade de interpretação de texto dos alunos.
A animadora decisão do governo sueco vem na contramão do que pensam autoridades do governo do Estado de São Paulo, que no mês de agosto de 2023 recusou receber (gratuitamente) todo o material impresso, inclusive livros, do Ministério da Educação. E informou que a partir de 2024 os estudantes do ensino fundamental e médio da rede pública estadual, não irão mais receber material do MEC e que seria usado material próprio e 100% digital nas duas etapas de ensino.
Pouco tempo depois desse anúncio, assustado com reação negativa que se espalhou fortemente na sociedade civil e em vários veículos da mídia, o governo paulista decidiu recuar dessa decisão de apenas oferecer livros digitais a seus alunos.
Senador Marcelo Castro assume papel importante na reforma eleitoral
O senador Marcelo Castro (MDB-PI), assume um papel importante na tarefa de destravar as discussões em torno da construção do novo Código Eleitoral. No final da última semana ele fez a apresentação aos senadores de uma prévia do parecer que está elaborando, visando à reforma da atual legislação, tendo como principal novidade o fim da reeleição para prefeito, governador e presidente da República.
Junto com o fim da reeleição (um mecanismo que foi introduzido no Brasil no ano de 1997, por uma PEC aprovada no Congresso durante o governo FHC, que se beneficiou da medida), os mandatos executivos, atualmente de quatro anos, renováveis por mais quatro, passariam, com o fim da reeleição, a ter 5 anos, em todos os níveis.
Pela proposta constante no esboço apresentado por Marcelo Castro, o fim da reeleição e a introdução de mandatos de 5 anos não valeriam ainda para as eleições municipais deste ano de 2024. Segundo o senador Rodrigo Pacheco, o Senado se esforça para votar as novas regras eleitorais brasileiras ainda este ano.