José Osmando

Coluna do jornalista José Osmando - Brasil em Pauta

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Dados do IBGE confirmam a retomada dos empregos no Brasil

A taxa de desemprego na região Sudeste alcançou o menor percentual do ano, atingindo 7,1% no quarto trimestre de 2023, contribuindo para a queda nacional para 7,4%, o menor nível desde 2014.

A economia brasileira recebeu nesta sexta-feira uma boa notícia, que nos chega de relatório do IBGE: a taxa de desemprego, que já vinha registrando sinais de queda durante os três primeiros trimestres de 2023, teve na região Sudeste, no quarto trimestre agora revelado, o seu menor percentual. Caiu de 7,5% para 7,1%, abaixo da taxa nacional, que ficou em 7,4%.

Esse resultado, casado com a manutenção de estabilidade nas demais regiões do país e de quedas acentuadas, também, em Estados do Nordeste, como o Rio Grande do Norte, onde passou no quarto trimestre de 10,1% para 8,3%, ajuda o Brasil a ficar neste momento com a mais baixa taxa de desocupação desde 2014, há 10 anos , quando estava em 6,6%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios Contínua (PNAD) e têm grande importância em face da produção de informações básicas para o estudo do desenvolvimento socioeconômico do país.

Os dados sobre desemprego agora nunciados são, além de animadores, bastante significativos, por mostrarem que o emprego volta a ganhar terreno exatamente no Sudeste, que é a região que mais concentra as populações com ocupação no país. Não é só o Sudeste, porém, quem vem melhorando nesse indicativo de melhora da economia nacional.

SÉRIE HISTÓRICA

Oito Estados da federação, como mostra a PNAD, atingiram a menor taxa de desemprego da série histórica desse levantamento do IBGE, implantado ainda nos anos de 1967. Rio Grande do Norte, Alagoas, Acre, Tocantins, Minas Gerais, Espírito Santo, Mato Grosso e Rondônia, são os Estados são as unidades federativas que apresentam hoje o menor percentual histórico. E outro grande alívio é saber que na média nacional, 26 Estados brasileiros registraram queda no desemprego em 2023.

Persiste na pesquisa PNAD um dado preocupante sobre a relação de sexo com trabalho. A taxa de desocupação de homens, quando comparada com as mulheres tiveram variações negativas entre o terceiro e o quarto trimestre, mas foi a diferença maior em favor deles. Enquanto a taxa das mulheres passou de 9,3% para 9,1%, a dos homens caiu de 6,4% para 6,0% no mesmo período, ou seja, os homens ficam com o nível mais baixo que a média nacional, que é de 7,4%.

Conforme avaliação dos próprios pesquisadores do IBGE, a variação mais acentuada na taxa de desocupação dos homens no quarto trimestre aumenta a diferença nesse indicador entre homens e mulheres. Com essa variação, a taxa para elas é 53,3% maior do que a dos homens, aumentando a distância em relação ao que foi observado no trimestre anterior (45%).

NOTÍCIAS ESTIMULANTES

O que se constata, afinal, é que esse quadro positivo da retomada dos empregos vem numa hora em que o Governo Lula tem recebido outras notícias estimulantes, como a de que em janeiro de 2024 a receita total do país apresentou um crescimento real de 3,6% quando se compara com o montante arrecadado no mesmo mês do ano passado. As contas do governo central têm uma estimativa de superávit primário de R$ 77,9 bilhões no mês, um bom desempenho que foi impactado pelo aumento das receitas administradas, com destaque para imposto de renda, cofins e contribuição social sobre o lucro líquido.

Têm-se, aqui, dois fatores que justificam a elevação do nível de satisfação na esfera governamental, pois tudo converge para estimular e ampliar programas de reconstrução do Brasil, com sinais positivos de que o desenvolvimento começa a ser acelerado nos setores industriais e de serviços, gerando-se assim mais empregos, e aumentam as folgas para investimentos de planos sociais arrojados, como o combate à fome e à pobreza extrema.

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