O Comitê de Política Monetária (COPOM) volta a se reunir terça e quarta-feira da próxima semana (dias 19 e 20), para mais uma vez discutir os rumos da economia e o patamar atual da taxa Selic, na expectativa de que dê prosseguimento à prática adotada a partir de agosto do ano passado, e novamente fixe outra queda.
A taxa Selic, atualmente em 11,25%, já esteve em 13,75% durante 12 meses, diante da resistência do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, de fazê-la baixar, mesmo diante da grita geral do empresariado, sobretudo dos setores produtivos, como indústria e serviços. Só em agosto de 2023 ele baixou a guarda e decidiu acolher a vontade dos demais conselheiros e do governo, iniciando um movimento de queda de 0,5% a cada sessão, resultando, ao final, numa baixa de 2,5% na soma de todas as sessões.
Esses níveis da Selic ainda são fortemente altos, incompatíveis com a necessidade de aceleração do crescimento, da garantia de mais empregos, do aumento da produção industrial e da aplicação de investimentos capazes de modernizar nosso parque produtivo, defasado no tempo, apresentando uma visível falta de competitividade no mercado externo.
Mesmo assim, a redução de 2,5% registrada na sequência de reuniões do Copom desde agosto passado, tem ajudado bastante na melhoria do quadro econômico. O PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil fechou 2023 com a taxa de 2,9% de crescimento, diante de uma expectativa do mercado pessimista, muitas vezes alarmista, de que não passaria de 0,5%. Ainda que no quarto trimestre do ano anterior tenha havido uma pequena desaceleração, com a taxa ficando em 2,1%, há razões suficientes para um ânimo renovado.
No âmbito da produção, o setor agropecuário cresceu 15,1% no acumulado do ano, consubstanciando uma contribuição da ordem de 0,9 ponto percentual para o crescimento do PIB em 2023. As indústrias extrativas, o setor de eletricidade e gás e saneamento contribuíram de forma bastante positiva para o resultado agregado de valor à indústria de transformação.
O setor industrial do Brasil retomou o ritmo de crescimento no início de 2024 e registrou em janeiro o melhor desempenho em um ano e meio, com aumento da produção e do emprego, como mostrou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras . Janeiro foi marcado ainda por uma melhora no nível geral de confiança, que chegou a um pico de 37 meses, em meio ao otimismo sobre o lançamento de novos produtos e investimentos, além da redução das pressões de preços e da queda dos juros.
Crescem em 23% os investimentos do Piauí em fundo da Sudene
O Estado do Piauí terá neste ano um crescimento de 23% em investimentos previstos no fundo gerenciado pela Sudene, comparativamente a 2023. Conforme a programação financeira do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste, aprovada pelo Conselho da Sudene, serão destinados R$3,7 bilhões ao Estado.
São mais de R$700 milhões de acréscimo ao que foi destinado em 2023. Isso demonstra o esforço que o governador Rafael Fonteles tem desenvolvido para atrair sempre mais investimentos, significando, igualmente, o empenho do governo Lula e fazer com que a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) volte a ser um organismo vital para o crescimento da região.
Nesse volume de recursos destinados ao Piauí, a maior concentração será na agricultura, com R$ 1,5 bilhão, seguindo-se a pecuária (R$ 847,6 milhões), comércio e serviços (R$ 777,9 milhões), infraestrutura (R$ 394,1 milhões), agroindústria( r$ 46,9 milhões) e turismo (R$ 24,8 milhões).