O Presidente Lula tem sido firme na posição defendida pelo Brasil de tratar as guerras e os conflitos políticos como um mal contra a humanidade, que precisam ser contidos e extirpados, para que não se transformem em escalada mundial incontrolável, podendo mesmo chegar à terceira guerra.
Ainda nessa quarta-feira, ao participar por videoconferência da cúpula do Brics, realizada em Kazan, na Rússia, Lula não se intimidou com a presença do presidente Vladimir Putin, que presidia a mesa dos trabalhos, e disse claramente que a guerra entre a Rússia (presidida pelo próprio Putin) e a Ucrânia, precisa ter fim, para que não acabe impulsionando um evento de gravidade incontrolável, não apenas em nível regional, mas também uma ameaça severa à paz mundial.
A mesma posição pacificadora firme que o presidente brasileiro vem sustentando em relação a outros conflitos sangrentos deploráveis, como o massacre que Israel, de Benjamim Netanyahu, despeja sobre a Faixa de Gaza, que já ceifou 43 mil vidas, a maioria formada por mulheres e crianças. Ou, ainda, as mortes que o mesmo Israel vem promovendo no Líbano, com ensaios também sobre o Irã.
Há conflitos armados em muitos outros territórios, sobretudo em países da África e Ásia, numa febre de ódio que mantém mais de 50 eventos sangrentos em atividade, uma evidente demonstração de que o papel que há décadas foi desenvolvido com êxito pela ONU, de intermediar a paz, hoje em dia perdeu totalmente o seu poder e eficácia. Temos uma Organização das Nações Unidas esfacelada, sem nenhum poder de governança no mundo. Grandes potências, produtoras poderosas de armas e equipamentos de guerra, portanto interessadas na alimentação de permanentes conflitos, como Estados Unidos e Rússia, entre outros, sufocam a ONU e a levaram à falência.
Vem daí o justo esforço do Brasil, pela voz do presidente Lula, de empreender essa luta ousada para uma reforma profunda da ONU, de adoção de um novo papel, adequado à realidade. E, não sendo isso possível, que se unam todos os dirigentes mundiais interessados na paz, na redução das desigualdades, no combate à fome e na imposição do equilíbrio climático, em torno de um novo organismo internacional que tenha vigor para cumprir essa atuação urgente e necessária.
Esse organismo, ao que vem se desenhando na geopolítica mundial, tem muito a cara do BRICS, que vem sendo ampliado e fortalecido.