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Coluna do jornalista José Osmando - Brasil em Pauta

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BNDES terá um “desenrola” para beneficiar micro e pequenas empresas

Banco Nacional de Desenvolvimento vai garantir a renegociação de dívidas nas chamadas operações indiretas automáticas

BNDES terá um “desenrola” para beneficiar micro e pequenas empresas

Em meio às estratégias que o governo Lula vem adotando junto aos setores produtivos brasileiros, com vistas à retomada do desenvolvimento econômico, surgiu nesta semana uma boa notícia. O Banco Nacional e Desenvolvimento Econômico e Social (DNDES) anunciou que está concluindo um programa para renegociar as dívidas relativas às operações indiretas automáticas, aquelas que em que mais de 90% dos envolvidos integram o leque de micros, pequenas e médias empresas.

A medida parece ter as características do Programa Desenrola, que está sendo aplicado com grande sucesso pelo Ministério da Fazenda junto às instituições financeiras e grandes empresas, e que têm o objetivo de resolver a vida de pessoas físicas que estão endividadas e, em consequência, impedidas de acessar compras a prazo. A medida anunciada pelo BNDES tem como solução de largada permitir que os que compõem o arcabouço das MPMEs possam suspender o pagamento de seus compromissos por até 6 meses e estender esse prazo por até 12 meses.

Ao aprovar esse instrumento, o Banco Nacional de Desenvolvimento vai garantir a renegociação de dívidas nas chamadas operações indiretas automáticas, modalidade em que os recursos do BNDES são acessados pelos clientes finais por meio de financiamento contratado com um agente financeiro credenciado.

70 instituições

Essa rede de agentes financeiros credenciados habilitada a repassar recursos do BNDES é composta de mais de 70 instituições, entre as quais se incluem os principais bancos comerciais brasileiros, públicos e privados, cooperativas de crédito, agências de fomento e bancos de montadoras, entre outros. Os principais clientes dessas linhas são micro, pequenas e médias empresas, que respondem por mais de 90% das operações indiretas automáticas.

Aliado à orientação do governo, o BNDES mostra o compromisso de contribuir para que esse enorme conjunto de empresas, que são os maiores geradores de emprego do Brasil e asseguram uma benéfica movimentação de dinheiro no mercado, facilitando a vida das famílias, possam integrar-se sem maiores embaraços ao desenvolvimento nacional, que é a meta governamental estabelecida.

O BNDES deseja, na prática, equacionar o caixa das empresas, depois de um longo período de estagnação e dos dissabores trazidos pelas altíssimas taxas de juros impostas pelo Banco Central e seguida pelas instituições financeiras públicas e privadas. A medida deve contribuir para ampliar o acesso ao crédito para MPMEs, reduzindo os custos dos financiamentos e alongando os prazos.

PRODUTORES RURAIS

Outro anúncio importante no campo da economia, também relativo à renegociação de dívidas, veio desta vez do próprio Ministério da Fazenda, no contexto do programa Desenrola. Trata-se da possibilidade de que a plataforma utilizada pelo programa de renegociação de dívidas possa ser utilizado para renegociar as dívidas dos pequenos produtores rurais, beneficiando diretamente aqueles que integram o universo da agricultura familiar. Isso deverá ocorrer tão logo o Desenrola concluir sua terceira etapa, agora em fase de operação.

Nessa fase em execução, iniciada no começo de outubro, o Desenrola, com sua atuação junto aos agentes financeiros, está oferecendo descontos médios de 83% para dívidas de 9 setores básicos: serviços financeiros; securitizadoras; varejo; energia; telecomunicações; água e saneamento; educação e micro e pequena empresa.

Esse universo enorme de pessoas e empresas, que se encontravam travadas, impedidas de acesso ao crédito, estão voltando ao mercado, retomando suas compras e fazendo, assim, indústria, comércio e setores de serviços serem revitalizados. Isso contribui diretamente para fazer o dinheiro circular, garantindo mais emprego, maior renda e maior bem-estar para todas as famílias brasileiras.

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