Ibovespa cai mais 5,2% e chega a ficar abaixo de 2017; dólar sobe

As bolsas americanas chegaram a desabar 4,2% hoje

O Ibovespa fechou em forte queda nesta segunda-feira (23) e retornou aos níveis de 2017 por conta do impasse no Congresso americano, que fracassou duas vezes em aprovar um pacote de socorro de US$ 2 trilhões para enfrentar os efeitos econômicos nefastos do coronavírus. 

As bolsas americanas chegaram a desabar 4,2% hoje após a segunda tentativa de acordo entre parlamentares Democratas e Republicanos dar errado à tarde, mas amenizaram as perdas e terminaram em baixas próximas de 3%.

De outro lado, porém, foi bem visto pelo mercado o comprometimento do Federal Reserve em realizar compras de ativos sem limites para ajudar os investidores a enfrentarem a crise do coronavírus. Uma das medidas será um programa de US$ 300 bilhões de apoio ao fluxo de crédito.

No Brasil, o número de casos de infecção pela Covid-19 chegou a 1.891, com 34 mortes. No mundo todo, o número de infectados atingiu 329 mil pessoas segundo a universidade Johns Hopkins. As mortes estariam em 14,3 mil.

Na Itália, foram confirmadas 601 novas mortes hoje e 4.789 infecções desde domingo. As fatalidades, embora ainda sejam muito altas, caíram pelo segundo dia seguido, pois no domingo 651 pessoas morreram e no sábado foram 793. O país espera uma desaceleração da pandemia esta semana.

Por aqui, o Banco Central anunciou a redução da alíquota do compulsório sobre recursos a prazo de 25% para 17%. “Temporária, a medida tem o objetivo de aumentar a liquidez do Sistema Financeiro Nacional”, destaca o BC em comunicado.

O Ibovespa caiu 5,22% a 63.569 pontos com volume financeiro negociado de R$ 24,6 bilhões, voltando ao seu menor nível de fechamento desde 10 de julho de 2017, quando o principal índice da B3 encerrou o pregão cotado em 63.025 pontos.

Já o dólar futuro para abril avança 1,33%, a R$ 5,132, enquanto o dólar comercial teve alta de 2,21%, a R$ 5,1357 na compra e R$ 5,1385 na venda.

No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2022 caiu 24 pontos-base a 5,61%, o DI para janeiro de 2023 subiu nove pontos-base a 7,23% e o DI para janeiro de 2025 avançou 38 pontos-base a 8,67%.

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