No início de Novembro de 2013, o Tufão Haiyan atingiu o território das Filipinas, no sudeste asiático, atingindo seu ápice no dia 08, configurando-se como um dos eventos naturais mais catastróficos do ano. O Tufão, além de ter gerado uma gigantesca destruição material, causou a morte de 6.340 pessoas e deixou mais de 1 mil desaparecidas.
Sua intensidade encontrou um dos padrões mais elevados, com ventos que atingiram os 300 km/h, vitimando uma grande quantidade de pessoas que, segundo algumas estimativas, chega à casa das dezenas de milhares, sendo superiores aos números oficialmente fornecidos.
Após atingir boa parte do espaço filipino, Haiyan – agora um pouco mais fraco – seguiu em direção ao sul da China, onde encontrou algumas províncias, e chegou ao Vietnã, onde fez um número menor de vítimas.
Apesar de a região afetada já ter testemunhado a passagem de inúmeros furacões do mesmo tipo, o “supertufão” Haiyan, logo após a sua passagem, já foi considerado o mais mortal da história das Filipinas, porém não necessariamente o mais forte que já passou pelo país, mesmo sendo categorizado em escala 5, a maior possível.
Os tufões, assim como os furacões, são ciclones tropicais caracterizados pelos fortes ventos, com velocidades iguais ou superiores a 180 km/h. A diferença entre os dois termos é que os tufões ocorrem no Oceano Pacífico (caso do tufão Haiyan), enquanto os furacões formam-se no Oceano Atlântico. Quando o fenômeno se manifesta no Oceano Índico, recebe o nome de Ciclone, que é um termo mais genérico para descrever todos os fenômenos relacionados.
Os tufões formam-se em áreas oceânicas com baixa pressão atmosférica onde ocorre um rápido aquecimento das águas. Com isso, há uma acelerada evaporação na região em questão, quando então se formam densas nuvens que começam a se movimentar rapidamente, em função do Efeito Coriolis e do movimento de rotação terrestre. No caso do Hayan, localizado no Hemisfério Sul, os movimentos ocorreram em sentido anti-horário.
O caso de Haiyan é ainda fonte de investigações, mas sabe-se que foi causado pelo aquecimento das águas do Pacífico em sua porção noroeste. Em casos como esse, a força descomunal do evento climático se faz pela ausência de ventos na região de sua formação que seriam capazes de atenuar a sua força e velocidade. Ao contrário, à medida que foi se deslocando em direção ao oeste, encontrou mais águas oceânicas aquecidas e foi ganhando cada vez mais calor e, consequentemente, foi se tornando mais intenso.
Alguns especialistas, bem como parte da imprensa, vem considerando a hipótese de o Tufão Haiyan ter sua formação relacionada ao Aquecimento Global. A principal argumentação nesse sentido é a de que tufões de grande força, como esse, estão se tornando cada vez mais frequentes, ao contrário do que ocorria no passado. No entanto, ainda é muito cedo para se tirar qualquer tipo de conclusão a respeito, haja vista que as informações ainda são poucas e os dados nem sempre muito precisos.