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Terrorista de extrema direita mata 77 pessoas em Oslo, capital da Noruega

No dia do atentado, o terrorista publicou na internet um manifesto de sua ideologia de extrema-direita

Os habitantes da pacata e civilizada cidade de Oslo, capital da Noruega, viveram horas de pânico em 22 de Julho de 2011, quando o extremista de direita Anders Behring Breivik praticou um duplo ataque terrorista, que resultou na morte de 77 pessoas. Dos mortos, 69 eram jovens universitários que participavam de um evento do Partido Trabalhista Norueguês na localidade de Utoya, além de 8 pedestres nas ruas de Oslo.

Os atentados de 22 de julho de 2011 na Noruega consistiram numa explosão na zona de edifícios governamentais da capital, Oslo, e num tiroteio ocorrido poucas horas depois, na ilha de Utøya, situada no lago Tyrifjorden, condado de Buskerud.

No dia do atentado, o terrorista publicou na internet um manifesto de sua ideologia de extrema-direita, compilada em uma coleção de textos intitulados "2083 - Uma declaração européia de independência". Em seus escritos, Anders Breivik expressa suas visões de mundo — que incluem conservadorismo cultural radical, ultranacionalismo, islamofobia, homofobia, racismo e antifeminismo. Ele também considera o marxismo cultural e o Islã como as duas maiores ameaças à Cristandade moderna. Na ocasião, o terrorista assinou seu manifesto usando o pseudônimo de "Andrew Berwick", autoproclamado "Cavaleiro Templário da Noruega".

Terrorista de extrema direita mata 77 pessoas em Oslo, capital da Noruega - Foto: AFP

Ao ser preso, o terrorista confessou que teria começado a planejar o atentado quando tinha 23 anos de idade. Não haviam evidências suficientes para concluir que Breivik recebeu ajuda, mas a polícia não descartou essa possibilidade. Anders Behring Breivik, empresário norueguês, com 32 anos na época dos atentados mortais, foi descrito como antiglobalista e nacionalista e que se considera de extrema-direita. O autor dos atentados terroristas tinha colocado mensagens na Internet declarando-se inimigo da sociedade multicultural.

Conforme um relatório oficial independente, polícia da Noruega poderia ter impedido Anders Behring Breivik, o responsável pelo ataque que matou 77 pessoas em julho de 2011 na Noruega, se agisse com mais rapidez. Segundo a rede BBC, as conclusões do inquérito aumentam a pressão sobre a polícia local, que vem sendo acusada de falha na segurança, pois poderia ter evitado a tragédia através da implementação de medidas de segurança existentes.

Terrorista de extrema direita mata 77 pessoas em Oslo, capital da Noruega - Foto: Reprodução

Às 15h20min do horário local, CET, (10h20min UTC), houve uma grande explosão próxima dos prédios onde se situa o gabinete do primeiro-ministro da Noruega Jens Stoltenberg, quebrando várias janelas do prédio de 17 andares, danificando edifícios ao redor, provocando oito mortes e numerosos feridos. Na área fica também a sede do Ministério do Petróleo e Energia, que foi o edifício mais danificado tendo sido atingido por um incêndio em seus andares superiores. De acordo com as declarações da polícia, o atentado foi perpetrado mediante um carro-bomba. Para uma melhor ação das equipes de emergência, a polícia evacuou os edifícios governamentais e vedou acesso à área.

Poucas horas depois, na ilha de Utøya, ao norte da capital, um homem armado abriu fogo contra os participantes de um acampamento de jovens (universidade de verão), organizado pela juventude do Arbeiderpartiet (Partido Trabalhista Norueguês), que estava então no governo do país. Entre 400 e 600 pessoas participavam do evento e pelo menos 69 foram mortas no atentado - uma delas, Trond Berntsen, era meio-irmão da Princesa Herdeira Consorte Mette-Marit.

O atirador, vestido com um uniforme de policial, justificou a sua entrada no campo como "verificação de rotina após o atentado em Oslo" e começou a disparar contra os jovens. Estava prevista uma visita do primeiro-ministro Jens Stoltenberg àquele acampamento. Ambos ataques foram aparentemente coordenados. Supôs-se inicialmente que algum grupo terrorista islâmico pudesse estar envolvido, devido à participação da Noruega nas ações militares da OTAN na Líbia e no Afeganistão, uma vez que, segundo um relatório oficial elaborado no início de 2011, não se considerava a possibilidade de a extrema-direita constituir uma "ameaça séria" à segurança nacional.

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