Um violento terremoto, de magnitude 7,8, o maior já ocorrido desde o ano de 1934, atingiu fortemente o Nepal, na Índia, deixando o espantoso saldo de quase 9 mil pessoas mortas, milhares de feridos e um rastro de destruição. A tragédia aconteceu no dia 25 de abril de 2015, hoje completando sete anos. Esse foi o pior terremoto no Nepal desde o ano de 1934. Milhares de famílias perderam suas casas. Pelo menos 25% das pessoas perderam suas moradias e ainda hoje, passados 7 anos, muitos ainda estão desabrigados.
Os Estados Unidos anunciaram o envio de uma equipe de resgate e o desbloqueio de uma primeira parcela de US$ 1 milhão para ajudar as vítimas, anunciou a agência americana de ajuda USAID.
Reino Unido, Israel, Rússia e membros da Comunidade Europeia já afirmaram que pretendem enviar equipes de especialistas em reação a catástrofes humanitárias. A chanceler alemã Angela Merkel, que se disse "comovida pela magnitude da catástrofe e pelo grande número de vítimas", também enviou suas condolências ao primeiro-ministro do Nepal, Sushil Koirala.
A presidente Dilma Rousseff divulgou nota oficial para prestar "solidariedade" às famílias das vítimas do terremoto. No comunicado, distribuído pelo Palácio do Planalto, Dilma diz que a embaixada está tomando "todas as providências em apoio aos cidadãos brasileiros" que estão na região da tragédia.
Após a tragédia o governo local montou um programa de reconstrução, que não tem sido suficiente para reparar todos os danos e muitos ainda esperam por moradia.
De acordo com os moradores das novas construções, como Krishna Maya Khadka, a alocação do governo de 300.000 rupias (2.270 euros) é insuficiente para construir estruturas de tamanho adequado, respeitando as normas de proteção contra abalos sísmicos.
"Quem tem dinheiro, não tem problemas. Já estão construindo. São os pobres, como nós, que sofrem", desabafa Krishna, que vive com sua filha, algumas cabras e galinhas no distrito de Sindhupalchowk, um dos mais atingidos, perto da capital Catmandu.
Normalmente, os habitantes das zonas rurais do Nepal vivem em grandes casas de tijolos e barro com um, ou dois andares, espaço para as grandes famílias, animais e local suficiente para armazenar cereais.
Algumas vítimas preferem voltar a se instalar em suas casas danificadas, ou construir extensões precárias nas terras próximas.
"Vemos a tendência das pessoas de expandir suas pequenas casas vertical, ou horizontalmente, para atender às suas necessidades", diz Minar Thapa Magar, coordenador nacional da plataforma de recuperação e reconstrução de moradias, que encomendou o estudo de moradias.
"Mas isso os torna ainda mais vulneráveis no futuro", lamentou.