Um segurança de uma creche de Janaúba, no Norte de Minas, colocou fogo no local, causando um grande incêndio e, em consequência, a morte de 9 crianças, da professora Heley Abreu Batista, de 43 anos. Com a morte, também, do segurança, que ateou fogo ao próprio corpo, o total de vítimas fatais chegou a 11.
Segundo informações da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, o vigia do Centro Municipal de Educação Infantil Gente Inocente, no Bairro Rio Novo, jogou álcool em crianças e nele mesmo e, em seguida, ateou fogo. No horário havia 75 crianças e 17 funcionários na escola.
O agressor, de 50 anos, chegou a ser internado, mas morreu horas depois. O ataque aconteceu no dia 5 de Outubro de 2017 e chocou a cidade mineira, que tem cerca de 70 mil habitantes. Quatro primeiras crianças morreram na hora da tragédia. A professora Helley Abreu Batista morreu no começo da noite do mesmo dia 5. Ela teve 90% do corpo queimado. O Renan Nicolas Santos, morreu enquanto era transferido de Janaúba para Montes Claros. O Hospital Santa Casa de Montes Claros confirmou a morte de Cecília e Yasmin na tarde de sexta-feira (6), um dia após o ataque. Dezenas de pessoas ficaram feridas e foram internadas em hospitais de Janaúba, Montes Claros e Belo Horizonte. Um dia depois do ataque, 43 pessoas seguiam internadas, de acordo com informações do Corpo de Bombeiros. Entre os feridos que seguiamhospitalizados, 39 eram crianças.
A Polícia Militar colocou uma aeronave para socorrer as vítimas. Ainda segundo a PM, um avião do governo do Estado foi de Belo Horizonte para Janaúba para transportar os feridos até o Hospital João XXIII, na capital mineira, que é referência em tratamento de queimaduras em Minas.
De acordo com a prefeitura, Damião Soares dos Santos era funcionário efetivo desde 2008. Ele ficou de férias de julho a agosto e, ao retornar ao trabalho, no mês de setembro, alegou problema de saúde e foi afastado.
Damião foi à creche na manhã desta quinta entregar o atestado médico e cometeu o crime. O delegado Bruno Fernandes Barbosa informou que ele entrou na creche de mochila, sem tirar o capacete, fechou as portas e já ateou fogo em uma funcionária que estava na cozinha.
A perícia indica que ele fechou três salas da creche, onde havia entre 55 e 60 pessoas. Ele tirou um galão da mochila, jogou álcool nas crianças e ateou fogo. Logo as chamas se espalharam por outras salas. O homem teria ainda segurado as crianças, impedindo que elas saíssem. Uma professora tentou conter a ação de Damião e chegou a lutar com ele.