O assassinato do presidente norte-americano John Kennedy, completa hoje 59 anos, registrada nas ruas de Dallas, no Texas, a plena luz do dia, em 22 de novembro de 1963.
Quem apertou o gatilho contra Kennedy foi Lee Harvey Oswald, embora várias teorias sustentem até hoje que sua ação criminosa não foi um ato isolado, mas iniciativa de um grupo insatisfeito com os rumos políticos e sociais que o carismático líder político dava aos EUA.
Na época, o Relatório Warren foi categórico ao afirmar que Lee Harvey Oswald era o único culpado. "A versão oficial sofreu inúmeras críticas. Mas, até hoje, ninguém conseguiu provar que Oswald fazia parte de uma conspiração", diz o historiador Robert Sean Purdy, da Universidade de São Paulo (USP).
Ainda que ninguém tenha provado, muita gente continua à procura de sentido para o assassinato – e as hipóteses são abundantes. A lista inclui desde o líder cubano Fidel Castro até a temida KGB, o serviço secreto soviético. Para o advogado Mark Lane, um dos detratores do Relatório Warren, não é preciso ir longe para encontrar o culpado. "O maior inimigo de Kennedy era a CIA. A agência defendia a Guerra do Vietnã e Kennedy não", afirma Lane. "Quanto a Oswald, ele não fazia a menor ideia no que estava metido", diz o autor de livros como Rush to Judgement, Plausible Denial e Last Word.
Para outro estudioso, o jornalista Gerald Posner, a teoria mais estapafúrdia é a que responsabiliza o vice-presidente Lyndon Johnson. "Alguns gostam de culpá-lo porque o crime aconteceu no Texas (seu estado natal) e, em tese, era o que mais tinha a lucrar com a morte. Pensando assim, os vices são sempre os suspeitos nº 1, certo?", provoca o autor do livro Case Closed, que corrobora a versão de "lobo solitário". Lane e Posner podem divergir sobre quem matou Kennedy. Mas em um ponto concordam: as teorias conspiratórias sempre existirão.
Kennedy provavelmente ainda estaria vivo se o motorista William Robert Greer tivesse notado a gravidade da situação e acelerado a limusine. Ou, então, se o agente do serviço secreto à sua direita, Roy Kellerman, tivesse cumprido sua missão e projetado o corpo sobre o do presidente ferido. Um terceiro tiro explodiu a cabeça de Kennedy. Eram 12h30 do dia 22 de novembro de 1963: o dia que não terminou.