O Presidente da França, Paul Doumer, foi assassinado em 06 de Maio de 1932, alvo de um atentado praticado por um extremista de direita, de nome Paul Gorguloff, identificado como um médico russo antibolchevique, portanto contrário ao regime comunista da Rússia.
Paul Gorguloff, havia feito manifestações públicas assumindo seu papel de extremista de direita, pouco antes de cometer o atentado que tirou a vida do Presidente francês, para se vingar da inatividade das democracias europeias frente à constituição da União Soviética.
Quem imaginava que só nos Estados Unidos da América Presidentes do país são assassinados – assim como aconteceu com quatro dirigentes nacionais, dentre eles Abraham Lincoln e John F Kennedy -, certamente nunca teve conhecimento de que em outras partes do mundo, até mesmo na Europa, considerada berço da civilização moderna, também tiram vida de seus líderes políticos.
A morte do Presidente Paul Doumer abalou a Europa e iniciou um processo rigoroso de segurança em torno dos mandatários nacionais. Paul Doumer nasceu em 22 de março de 1857 em Aurillac, tendo sido um político que governou a França de 13 de Junho de 1931 até a sua morte, ficando no poder menos de um ano.
Antes, foi governador-geral da Indochina francesa, nos anos de 1897 até 1902. Depois de retornar da Indochina, Doumer foi presidente da câmara dos deputados no período que vai de 1902 a 1905. Foi eleito presidente da república Francesa em 13 de maio de 1931, derrotando Aristide Briand.
Quem pensa, igualmente, que Doumer foi o primeiro e o último presidente francês a sofrer uma tentativa de assassinato, está enganado e desinformado.
Veja, aqui, outros atentados contra mandatários franceses:
24 de junho de 1894 – O presidente Sadi Carnot foi assassinado em Lyon pelo anarquista de origem italiana.
20 de maio de 1905 – O presidente Emile Loubet foi alvo de uma tentativa de assassinato por anarquistas
14 de julho de 1922 – O presidente Millerand foi vítima de uma tentativa de assassinato que fracassou
8 de setembro de 1961 – O general De Gaulle sofreu várias tentativas de assassinato, como o de 8 de setembro em Pont sur Seine (leste do país) quando uma bomba explodiu na hora em que seu carro passava
23 de maio de 1962 – Operação Gamuza: De Gaulle quase foi morto nas escadarias do Palácio do Governo francês, a residência presidencial, por um franco-atirador que estava de frente para o mandatário
22 de agosto de 1962 – Na periferia do país, o carro do general De Gaulle foi alvo de tiros disparados pelo tenente-coronel Jean-Marie Bastien Thiry
14 de agosto de 1964 – Em Mont Faron, perto de Tolón (sul do país), uma bomba foi armada contra De Gaulle mas não chegou a explodir e foi descoberta vários dias depois