A primeira aparição do personagem de desenhos animados Pato Donald aconteceu em 9 de Junho de 1934, no episódio The Wise Little Hen (lançado no Brasil com o título de "A Galinha Esperta") da série Sinfonias Tolas. Decorridos 88 anos dessa primeira aparição, O Pato Donald permanece fazendo sucesso nas telas, encantando crianças de todas as idades.
Donald foi aparecendo com mais frequência, quase sempre como inimigo, rival e adversário do Mickey (principalmente para evitar confrontos com o Bafo de Onça), inconformado que tudo dava certo para o camundongo, mas para ele não. Após levar a pior diante de Mickey, comentava o seu bordão "Eu te odeio".
Embora criado em 1931 e tendo aparecido ao público numa série em 1934, foi apenas em 1937 que Donald estreou sua própria série animada ao lado de sua amada Margarida. O desenho era Don Donald. Seus sobrinhos Huguinho, Zezinho e Luisinho apareceriam um ano mais tarde, no episódio Os Sobrinhos de Donald. Seu criador foi o genial Walt Disney, um gênio que ficou imortalizado no cinema e dá nome à Disneilândia, a maior e mais frequentada cidade de diversões do mundo.
Ele aparece em vários desenhos como antagonista antipático, principalmente naqueles em que aparece junto de Mickey Mouse ou de seus sobrinhos Huguinho, Zezinho e Luisinho. Ele é muito azarado e mal-humorado, sempre perdendo suas batalhas para Mickey e para seus sobrinhos.
A primeira menção a Donald Duck foi feita em 1931 para o livro de histórias The Adventures of Mickey Mouse, como um dos amigos do curral de Mickey. O personagem apresentado na capa é muito diferente do moderno Pato Donald, sendo desenhado mais como um pato normal e ostentando um chapéu e calça verdes.
As origens do nome de Donald Duck podem ter sido inspiradas na lenda do críquete australiano Donald Bradman. Walt Disney estava no processo de criar um amigo para Mickey Mouse quando ele leu sobre a demissão de Bradman nos jornais e decidiu nomear o novo personagem "Donald Duck". Mickey Mouse havia perdido um pouco de sua vantagem desde que se tornara um modelo para crianças, e assim a Disney queria criar um personagem para retratar alguns dos traços de caráter mais negativos que não podiam mais ser concedidos a Mickey. Disney criou os atributos icônicos de Donald, incluindo seu temperamento curto e seu traje de marinheiro (com base em patos e marinheiros, ambos associados à água). Enquanto Dick Huemer e Art Babbit foram os primeiros a animar Donald, Dick Lundy é creditado por desenvolvê-lo como personagem.
A voz "grasnada" de Donald foi criada pelo ator de voz Clarence Nash que até então era apenas um homem vindo da zona rural de Watonga, Oklahoma. Nash tinha o dom natural para imitar animais, inclusive sons de patos. No início dos anos 30, mudou-se para a Califórnia, onde fez locução de propaganda numa rádio. A voz que Nash criou para Donald consistia em falar palavras através de um tipo de "ruido", feito com o canto da boca e os dentes molares, que lembrava o grasnado de um pato. Após Walt Disney o escutar recitando o poema "Mary Tinha um Carneirinho" (Mary Had a Little Lamb) com sua "voz de pato", chamou-o para uma audição e imediatamente o contratou, adivinhando que havia escolhido a voz certa para o seu novo personagem, Donald.
Nash o dublou pela primeira vez no curta A Galinha Esperta ("The Wise Little Hen") (primeira aparição sonora) Nessa animação, além de Donald, há também o Porco Peter ("Peter Pig") que também fala palavras através de sons que lembram grunidos de porco, além da própria Galinha Esperta que emite cacarejos na pronúncia. Clarence Nash voltou a dublar o pato novamente no desenho "Orphan's Benefit" (traduzido como "Show Para os Órfãos" ou "Em Benefício dos Órfãos"), onde Donald recita novamente o poema que fez com que Walt Disney contratasse Nash. E outro chamado "Little Boy Blue, come blow your horn" (ou "Menininho Triste, toque sua corneta" na dublagem brasileira); este desenho foi feito originalmente em preto e branco em 1934 e refeito em cores mais tarde, no ano de 1941 (As duas versões do curta, no entanto, contaram com o mesmo áudio e as mesmas falas, gravadas em 1934).