Memória

Coluna sobre fatos históricos, acontecimentos e pessoas que marcaram a história da humanidade

Lista de Colunas

Pablo Neruda, nobel de literatura, segue encantando o mundo

Foi nesta data, em 12 de julho de 1904, que nasceu no Chile o poeta, escritor, diplomata e político Pablo Neruda.

Foi nesta data, em 12 de julho de 1904, que nasceu no Chile o poeta, escritor, diplomata e político Pablo  Neruda, um dos maiores intelectuais do século XX, cujos poemas continuam encantando o mundo, quase  50 anos após sua morte, que ocorreu em 1973.

Ganhador do Prêmio Nobel de Literatura em 1971, dois anos antes de sua morte, Neruda escreveu “ Confesso que Vivi”, uma auto-biografia que é considerada uma joia da literatura mundial. Das 

Pablo Neruda, pseudônimo de Ricardo Eliécer Neftali Reyes, nasceu na cidade de Parral, no Chile, no dia 12 de julho de 1904. Filho de um ferroviário e de uma professora ficou órfão de mãe logo ao nascer. Passou a infância em Temuco, no sul do país. Com sete anos ingressa no Liceu, e ainda na época escolar publica seus primeiros poemas no periódico A Manhã.

Em 1919, Neruda obteve o 3° lugar nos Jogos Florais de Maule, com o poema “Noturno Ideal”. Ainda na adolescência, adotou o nome de Pablo Neruda, inspirado no escritor tcheco Jan Neruda. Em 1920, começa a escrever para a revista literária “Selva Austral”, já usando o pseudônimo de Pablo Neruda.

Primeiras Publicações

Em 1921, Neruda muda-se para Santiago, onde ingressa no curso de francês no Instituto Pedagógico da Universidade do Chile. Nesse mesmo ano, ganha o prêmio da Festa da Primavera com o poema “A Canção da Festa”. Em 1923, reúne seus poemas em “Crepusculario”. Em 1924 publica “Vinte Poemas de Amor e Uma Canção Desesperada”, a obra, repleta de lirismo, que faz de Neruda um dos mais famosos poetas chilenos.

Foto: Reprodução

Carreira Diplomática

Em 1927, Pablo Neruda inicia a carreira diplomática, após ser nomeado cônsul-geral do Chile em Rangum (hoje Yangon), na Birmânia (hoje Myanmar). Durante os cinco anos seguintes representou seu país no Siri Lanka, Java e Singapura.

Em 1933, Pablo Neruda escreve uma de suas principais obras, “Residencia em la Tierra", em que emprega imagens e recursos próprios do surrealismo. O tom do livro é de profundo pessimismo em torno de temas como ruína, desintegração e morte, exprimindo a visão de um mundo caótico.

Depois de breve estada em Buenos Aires, onde conhece o poeta Federico Garcia Lorca, Neruda serviu como cônsul na Espanha, primeiro em Barcelona e depois em Madri. A Guerra Civil Espanhola, lhe inspirou a obra “España em el Corazón” (1937), e determinou uma mudança na atitude do poeta, que aderiu ao marxismo e decidiu consagrar sua vida e obra em defesa dos ideais políticos e sociais inspirados no comunismo.

Foto: Reprodução

Exílio

Em 1938, Neruda retorna ao Chile. Depois de breve período como embaixador no México, em 1945, foi eleito senador pelo Partido Comunista. Em 1948, o governo decreta a ilegalidade do partido. Neruda critica o tratamento dado aos trabalhadores das minas, na presidência do Gonzáles Videla, é perseguido e se exila na Europa, inclusive na União Soviética. Nessa época, escreveu outra de suas grandes obras, “Canto General” (1950).

Regresso ao Chile

Em 1952, quando o governo chileno restabeleceu as liberdades políticas, Neruda regressa ao país e fixa residência em Isla Negra, no Pacífico. Nessa época, sua obra adquiriu grande diversidade com a publicação de “Odas Elementales” (1954), onde canta a vida cotidiana, com “Cien Sonetos de Amor” (1959) e “Memorial de Isla Negra” (1964) onde evoca o amor e a nostalgia do passado. Em “A Espada Incendiada” (1970) o autor reafirmava seu compromisso com a ideologia político-social.

Em 1971, Pablo Neruda foi nomeado embaixador do Chile em Paris. Em 1972, já doente, retorna para Santiago. Em 1973, um golpe militar derruba o presidente Salvador Allende e se instala uma ditadura militar no Chile. Passado 12 dias do golpe, Pablo Neruda morre.

Pablo Neruda faleceu em Santiago, Chile no dia 23 de setembro de 1973.

Carregue mais
Veja Também
As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.


Tópicos
SEÇÕES