Foi nesta data, em 23 de Janeiro de 2020, há três anos, que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou em Genebra, na Suíça, que o surto do novo coronavírus (2019-nCoV) constitui uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII).
Naquele momento já havia casos em 19 países, com transmissão entre humanos na China, Alemanha, Japão, Vietnã e Estados Unidos da América.
“O principal motivo dessa declaração não diz respeito ao que está acontecendo na China, mas o que está acontecendo em outros países. Nossa maior preocupação é o potencial do vírus para se espalhar por países com sistemas de saúde mais fracos e mal preparados para lidar com ele”, afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Ele também disse que não há razão para medidas que interfiram desnecessariamente em viagens e comércio internacional. “Apelamos a todos os países para que implementem decisões consistentes e baseadas em evidências. A OMS está pronta para orientar qualquer país que esteja considerando quais medidas tomar”.
O nível de risco permanece alto para as Américas. Segundo Jarbas Barbosa, vice-diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS): “a declaração significa que o nível de alerta permanece muito alto. A Organização, em sua avaliação de riscos, já havia indicado que havia um risco muito alto para a China, para seus países vizinhos, e um risco alto para todos os países do mundo. O que muda agora é que, com esta declaração, mais recursos internacionais podem ser mobilizados para atuar na China, com o governo, para interromper a transmissão onde ela está ocorrendo”.
A partir do início de março daquele ano, o Brasil passaria o país com extrema preocupação, em razão do grande número de casos, da incidência de mortos, e do comportamento irresponsável do governo federal, que fazia pouco caso da epidemia e se posicionava contrário às medidas sanitárias proclamadas pelas autoridades de saúde mundiais, como o uso de máscaras e o isolamento social.
No Brasil morreram 685.677 pessoas em decorrência da Covid, com uma média de 3.214 óbitos por cada 1 milhão de habitantes.