Um avião Airbus A-300 B-4, da empresa indonésia Garuda Airlines, caiu, em 26 de Setembro de 1997, há 22 anos, no norte de Sumatra (Indonésia) matando todas as 234 pessoas a bordo. A área onde ocorreu o acidente está há vários dias envolta numa densa fumaça provocada por queimadas de florestas. A visibilidade no local, no momento da queda, era de 500 a 600 metros e, apesar da nuvem de fumaça, o aeroporto estava aberto normalmente. Muito provavelmente, as nuvens de fumaça atrapalharam os pilotos e foram decisivas para a queda do avião.
O avião estava chegando ao aeroporto de Polonia, em Medan, depois de ter saído de Jacarta (capital), quando caiu, às 13h55 (2h55 em Brasília).
Havia muita lama e água no local do desastre. O pessoal de resgate teve bastante dificuldade para chegar aos destroços do Airbus A-300 B-4 da empresa indonésia Garuda Airlines. Cerca de 60 corpos foram retirados do local durante o dia do acidente, e o trabalho recomeçaria no dia seguinte pela manhã para a retirada dos demais corpos.
O diretor-presidente da Garuda, Supandi, disse que a companhia iria investigar as causas do acidente. A empresa fabricante do avião, a European Airbus Industrie, enviou uma equipe para o local.
A agência indonésia "Antara", informou que o piloto do Airbus relatou baixa visibilidade quando pousava.
Um jornalista no local disse que o avião se partiu em dois quando bateu contra uma colina com plantações de coco e banana e pegou fogo. Testemunhas citadas pelo Ministério dos Transportes afirmaram que o avião voava em baixa altitude na hora do acidente. Outras testemunhas disseram que o avião explodiu no ar antes de bater e se partiu em pedaços.
O presidente indonésio, Suharto, ordenou ao Ministério dos Transportes a realização de uma investigação rigorosa.
A agência oficial de notícias do país, a "Antara", afirmou que havia seis japoneses e dois americanos a bordo. A lista de passageiros indica que podia haver mais estrangeiros a bordo, mas suas nacionalidades ainda não haviam sido determinadas. A agência de notícias "Bernama", da Malásia, afirmou haver vários malasianos a bordo. Um dos principais empresários da Indonésia, Polar Yanto Tanoto, também estava no voo.
A Indonésia, espalhada por cerca de 17,5 mil ilhas, depende muito do transporte aéreo, embora especialistas internacionais costumem fazer críticas ao padrão de treinamento e manutenção do setor de aviação do país.
Em julho passado, um Fokker F-27 da Sempati Air caiu pouco após decolar de Bandung (Java Ocidental), matando 30 pessoas.
Um McDonnell Douglas DC-10 da Garuda pegou fogo após abortar uma decolagem no aeroporto de Fukuoka, Japão, em 1996, matando pelo menos 3 pessoas e ferindo 99. O pior desastre aéreo da Indonésia até 26 de Setembro de 1997, era a queda de um Hércules C-130 em Jacarta, em 1992, matando 136 pessoas.