Há exatamente oito anos, em 10 de fevereiro de 2014, o mundo do cinema perdia uma das mais brilhantes, cativantes e talentosas atrizes de todos os tempos, a inesquecível Shirley Temple, que faleceu aos 85 anos, de causas naturais.
Nascida em 23 de abril de 1928, em Santa Monica, Califórnia, Shirley verdadeiramente veio ao mundo para a arte do cinema, tendo iniciado sua vitoriosa carreira com apenas 3 anos de idade, para tornar-se a principal atriz mirim de Hollywood e a maio0r estrela infantil de todos os tempos. Ninguém até hoje conseguiu superá-la.
Incentivada pela mãe, começou a dançar logo aos três anos. Talentosa, chamou a atenção de dois produtores de cinema e estreou diante das câmeras. Antes mesmo de completar quatro anos protagonizou uma série de curtas e em 1933 foi contratada pela Fox Film Corporation. O primeiro longa foi Alegria de Viver (1934), que apostava no lúdico para aliviar o peso da Grande Depressão.
Encantadora, Shirley deslumbrou imediatamente o público e não teve mais descanso. Cantava, dançava, sapateava e sorria como um anjo. Apenas na década de 1930 estrelou mais 22 filmes, todos de temática familiar, apostando sempre na comédia e na música. Grande estrela do cinema mundial entre 1935 e 1938, foi campeã de bilheteria interpretando principalmente meninas órfãs ou abandonadas e recebeu uma homenagem de Franklin Roosevelt por ajudar a população estadunidense a esquecer por algumas horas a crise enfrentada pelo país.
Continuou trabalhando nos anos 1940, porém em ritmo cada vez mais lento. Em 1949, aos 21 anos, fez seu último filme: A Kiss for Corliss, sequência de Ninguém Vive Sem Amor (1945). Entre 1958 e 1961 continuou ativa com a série Shirley Temple’s Storybook, em que narrava contos infantis. Apareceu pela última vez num episódio do programa de esquetes The Red Skelton Show (1963), quando viveu uma debutante, e a partir de então dedicou-se à família.
Shirley recebeu um Oscar especial em 1935. Conhecido como "Juvenile Oscar", em sua primeira edição foi oferecido à atriz em reconhecimento à sua grande contribuição ao cinema no ano de 1934. Ela também ganhou uma estrela na Calçada da Fama em 1960 e sua icônica imagem (cabelo cacheado, sorriso largo, vestido rodado) está presente na capa do clássico álbum dos Beatles Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, de 1967.