Lee Harvey Oswald, foi o homem que apertou o gatilho de um fuzil e, com esse gesto tirou a vida do notável presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy, um dos crimes políticos que mais impacto causou no mundo em todos os tempos. O assassinato de Kennedy se deu nas ruas da cidade de Dallas, no estado do Texas, quando o presidente desfilava em carro aberto durante um evento, em 22 de Novembro de 1963.
Dois dias depois do crime, em 24 de Novembro, Lee Oswald, que fora preso imediatamente, era conduzido pela polícia para um tribunal, onde prestaria depoimento, quando foi assassinado por Jacck Ruby, dono de um bar na cidade de Dallas, um elemento supostamente ligado à máfia.
Jack assistia à chegada de Lee Oswald ao local do depoimento. Tudo era registrado pela imprensa, com a televisão fazendo transmissões ao vivo, dada a importância do preso que ali estava chegando. Deste modo, a morte, por tiros, do assassino de Kennedy foi mostrada ao vivo pela TV, um acontecimento que chocou a população norte-americana, que ainda estava tomada pelo impacto da morte do presidente, ocorrida dois dias antes.
Oswald é levado às pressas para uma ambulância após ser baleado por Jack Ruby, mas não resistiu e morreu pouco depois.
O assassinato de Oswald, registrado ao vivo na televisão, alimentou teorias conspiratórias de que sua morte tenha sido, na verdade, queima de arquivo, para esconder outros envolvidos e mandantes. Ou seja, não poermitir que Lee Oswald prestasse depoimento à justiça levou para sempre qualquer tentativa de se saber a verdade. Será que Lee Oswald estaria disposto a contar tudo sobre quem mandou matar Kennedy?
Talvez ele realmente tenha matado Kennedy, embora ninguém tenha apontado um motivo convincente.
Pode ser que os anos que passou na União Soviética estejam de alguma forma relacionados ao crime ou talvez não haja qualquer ligação.
Ele havia acabado de desertar do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA, quando se mudou para Minsk, capital de Belarus, então república soviética, em plena Guerra Fria.
Mas, apesar de ter desertado para se juntar à superpotência socialista e alegar ser marxista, (não se sabe como) foi bem recebido de volta nos EUA.
O assassinato de Kennedy alimentou uma série de teorias da conspiração em meio à Guerra Fria
Mais de meio século após o crime, a estadia de Lee Harvey Oswald na república soviética permanece envolta em mistério.
O que ele fez durante essa temporada em Minsk? E por que as autoridades americanas o deixaram retornar sem criar nenhum problema em 1963?
No programa de rádio Witness, da BBC, o jornalista Vincent Dowd vasculhou os arquivos da época e conversou com o escritor Anthony Summers, autor do livro Not in Your Lifetime: The Defining Book on the JFK Assassination, em busca de respostas.
Lee Harvey Oswald tinha 17 anos quando alistou ao Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA, em 1956.
Ainda bem jovem, serviu na base aérea da Marinha em Atsugi, no Japão, como operador de radar em uma das operações americanas mais sigilosas da Guerra Fria: o projeto dos aviões de espionagem U-2.
Na sequência, foi alocado nas Filipinas, onde começou a se declarar marxista e aprender russo.
"Era algo extraordinário a se fazer na morada do patriotismo, o Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA. E o corpo de fuzileiros não parecia se importar", diz Summers.
"Um dos primeiros sinais que sugerem que as coisas não eram como pareciam ser."
Anthony Summers não é o primeiro escritor a questionar se Oswald estava apenas fingindo ser marxista, talvez na tentativa de atrair a atenção de pessoas muito além do Corpo de Fuzileiros Navais.