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Morte de Beto Carrero e incêndio do Joelma marcam 1º de fevereiro

Empresário morreu aos 70 anos idade, durante uma cirurgia no coração

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Este dia 1º de fevereiro marca os 11 anos (2008) da morte , em São Paulo, do artista e empresário João Batista Sérgio Murad, mais conhecido pelo nome artístico de Beto Carrero. Ele morreu aos 70 anos idade, durante uma cirurgia no coração. Nascido em São José do Rio Preto (SP) no dia 9 de setembro de 1937, ele foi o idealizador do parque temático que leva seu nome, Beto Carrero World, em Penha, no litoral norte do estado de Santa Catarina

O empreendimento, inaugurado em 28 de dezembro de 1991, é o maior do tipo na América Latina e um dos maiores do mundo. Além de ser empresário, Beto Carrero também atuou como caubói nos filmes “Os Trapalhões no Reino da Fantasia” (1985), “O Mistério de Robin Hood” (1990), “Xuxa Gêmeas” (2006) e “O Mundo Encantado de Beto Carrero” (2007). Além disso, participou da novela A História de Ana Raio e Zé Trovão, da Rede Manchete, e do programa Dedé e o Comando Maluco (SBT), do circo Beto Carrero World.

Beto Carrero era artista e empresário nascido em São José do Rio Preto que ganhou notoriedade no mundo todo pela simpatia, talento e dedicação com os animais. Nascido no dia 9 de setembro de 1937, ele faleceu em 1 de fevereiro de 2008, deixado saudades no país inteiro.

Tudo começou nos anos 60, quando Carrero iniciou sua carreira no rádio e acabou trabalhando como promotor de rodeios. Cerca de 10 anos mais tarde ele criou o seu mais famoso personagem, jutamente o caubói Beto Carrero. Destemido e sempre envolvido em causas ambientais, ele cativou a todos.

Além de ser pai de três filhos (Alexandre, Kelly e Juliana) o empresário adorava alimentar pequenas ralizações como a de possuir um trailer como o de seu caubói favorito de Hollywood e o de criar um ambiente para que a relação entre os homens e os animais fosse mais intensa e frutífera.

Hoje o caubói é lembrado como um exemplo de valores, humildade, perseverança e realização de sonhos que parecem impossíveis. Todos os anos milhares de pessoas visitam o seu parque e mesmo após tanto tempo, sua mensagem de alegria continua sendo divulgada.

180 pessoas morreram no incêndio do Edifício Joelma 

No dia 1º de fevereiro de 1974, há 45 anos, em uma manhã chuvosa de sexta-feira, um curto-circuito em um ar condicionado deu início a um dos maiores incêndios da história de São Paulo, o do Edifício Joelma. Em poucos minutos, as chamas se espalharam pelas salas e escritórios. Mais de 180 pessoas morreram queimadas ou asfixiadas e outras 300 ficaram feridas.

O prédio não tinha segurança contra o fogo e faltou equipamento aos bombeiros. “Até hoje eu lembro claramente da situação ali na Praça das Bandeiras. Lembro do desespero dos bombeiros. Eram profissionais preparados, mas não para um acidente nessa dimensão”, diz o jornalista Sérgio Motta Mello.

O repórter cinematográfico Reynaldo Cabrera cobriu a tragédia. “Quando eu bati os olhos na fumaça, antes de ver o edifício, eu falei para o meu assistente: ‘Jorginho, liga para lá e fala para mandarem até os faxineiros, porque esse aí é para ficar na história’”, contou o cinegrafista em 2000.

O coronel da Polícia Militar Roberto Lemes participou do resgate. Ele explica que as ligações do ar condicionado passavam embaixo dos forros, que era de material combustível. “O calor irradiado, para se ter uma ideia, atinge 700ºC, derrete o vidro, funde o alumínio. A maioria das pessoas que chegaram em cima do telhado queria respirar. E, ao tentar respirar, chegavam próximo da mureta e olhavam para baixo. As pessoas respiravam o ar aquecido de 600ºC, 700ºC”, apontou em 2005.

Fogo foi um crime

A justiça considerou o incêndio criminoso. Não foi provocado deliberadamente por ninguém, mas as instalações do ar condicionado, que foram a origem do fogo, eram tão precárias que o juiz da 3ª Vara Criminal decretou crime por omissão, negligência e imperícia. O engenheiro, o gerente de uma empresa de ar condicionado e três eletricistas foram condenados a penas que variaram de dois a três anos de reclusão.

Vem na cabeça as pessoas presas. Era muito difícil chegar nelas. Isso mexe com a gente, mas sobra um sentimento de satisfação, porque você sabe que foi útil para alguém"-coronel D'Addio, bombeiro aposentado

Depois do incêndio, o Edifício Joelma ficou fechado durante quatro anos para reforma. Quando foi liberado e voltou a funcionar, rebatizado de Praça da Bandeira, passou a ser considerado um dos prédios mais seguros da capital paulista. As lembranças, porém, ficaram marcadas na memória do coronel D’Addio, bombeiro aposentado que em 2010 voltou pela primeira vez ao local desde a tragédia. “Vem na cabeça as pessoas presas, dependendo da ajuda da gente. Era muito difícil chegar nelas. Isso mexe com a gente, mas sobra um sentimento de satisfação, porque você sabe que foi útil para alguém”

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