Em 13 de junho de 2005, há 14 anos, o "rei do pop" Michael Jackson foi absolvido, por unanimidade, de todas as dez acusações de abuso sexual de que foi alvo em seu julgamento na corte de Santa Maria, na Califórnia. Foi absolvido da acusação de conspirar para manter o acusador e sua família em cárcere privado, de ter abusado sexualmente de um menor, de ter dado bebidas alcoólicas a um menor. A cada veredicto favorável ao cantor, uma fã soltava uma pomba branca do lado de fora do tribunal.
"O senhor Jackson fica exonerado do pagamento de fiança, você está livre", disse o juiz Rodney S. Melville. Um assistente do advogado de defesa Thomas Mesereau disse que a corte explodiu em expressões de júbilo, mas antes o clima era tenso e silencioso.Segundo testemunhas, Jackson não demostrou nenhuma emoção enquanto escutava a leitura do veredicto.
A absolvição integral de Michael Jackson representou uma derrota dolorosa para um promotor que estava se aposentando e que passou mais de uma década perseguindo o cantor por acusações de pedofilia, encerrando um julgamento de quase quatro meses que contou com 140 testemunhas que pintaram retratos conflitantes do astro pop internacional, há época com 46 anos de idade, como sendo pedófilo ou Peter Pan.
"Sr. Jackson, sua fiança está dispensada e o senhor está livre", disse o juiz Rodney S. Melville após a leitura de uma série de veredictos "não culpado".
Miachel Jackson se levantou para os veredictos e depois abraçou seu principal advogado, Thomas A. Mesereau Jr. Uma das assistentes de Mesereau começou discretamente a soluçar quando o primeiro dos veredictos "não culpado" foi lido no tribunal.
Juntamente com o veredicto, os jurados apresentaram uma nota para que o juiz lesse no tribunal. Nela, eles disseram que sentiram "o peso dos olhos do mundo sobre todos nós" e que estudaram "ampla e meticulosamente" todas as evidências. A nota concluiu com o apelo: "Nós gostaríamos que as pessoas nos permitissem voltar às nossas vidas com o mesmo anonimato de antes".
O júri composto por oito mulheres e quatro homens apresentou o veredicto no Tribunal Superior da Califórnia no sétimo dia de deliberações, que teve início em 3 de junho. O júri não ficou enclausurado e teve os fins de semana de folga.
Apesar do apelo por escrito para que fossem deixados em paz, os jurados e suplentes se reuniram para uma coletiva de imprensa de uma hora na qual foram identificados apenas pelo seu número de jurado, apesar de terem oferecido alguns poucos detalhes pessoais no processo de discussão do caso com os repórteres.
Quando a notícia do veredicto se espalhou pela multidão, um enorme comemoração eclodiu entre seus fãs, enquanto aqueles que esperavam por uma condenação vaiavam. Seus fãs, que achavam que as acusações faziam parte de uma vasta conspiração, abraçaram uns aos outros, dançaram e lançaram confete.