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Mergulhado em escândalo, Collor renuncia,mas não evita perder direitos

A renúncia ocorreu em 29 de Dezembro de 1992, tendo ficado menos de dois anos no cargo

Esta data de 29 de Dezembro marca um dos capítulos políticos mais marcantes da história do Brasil: a renúncia de Fernando Affonso Collor de Mello à Presidência da República do Brasil, depois de um turbulência estrondosa que o levou a sofrer Impeachment pelo Congresso Nacional. A renúncia ocorreu em 29 de Dezembro de 1992, tendo ficado menos de dois anos no cargo.

Collor se elegera em 1989, derrotando Luiz Inácio Lula da Silva, com um discurso de combate à corrupção, de caça aos “ marajás”, que eram os super-salários do serviço público.

O processo de impeachment de Fernando Collor transcorreu no final de 1992 e foi o primeiro processo de impeachment do Brasil e da América Latina, resultando no afastamento definitivo de Fernando Collor de Mello do cargo de presidente da república. O processo, antes de aprovado, fez com que Collor renunciasse ao cargo em 29 de dezembro de 1992, ideixando o cargo para seu vice Itamar Franco. Mesmo assim, o processo continuou e os parlamentares se reuniram em plenário para a votação do impeachment e decidiram que o presidente não poderia evitar o processo de cassação pela apresentação tardia da carta de renúncia. Com o julgamento, Collor ficou inelegível por 8 anos. Collor foi acusado de corrupção pelo seu próprio irmão, Pedro Collor de Mello, em matéria de capa da revista Veja, em 1992.

O empresário Paulo César Farias, tesoureiro de campanha de Collor, foi a personalidade-chave do impeachment. Ele seria o testa de ferro em diversos esquemas de corrupção divulgados de 1992 em diante. A investigação do Esquema PC Farias mostrou que o artifício ilegal usado pelos envolvidos arrecadou cerca de 15 milhões de reais durante o governo de Fernando Collor, sendo que mais de um bilhão de reais chegou a ser movimentado nos cofres públicos. Nenhuma destas contribuições teve qualquer ligação com benefício ao "cliente" de Paulo César por conta de favor prestado por Fernando Collor. O "esquema PC" movimentou mais de US$ 1 bilhão dos cofres públicos. 

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