O luxuoso transatlântico italiano Achille Lauro começou a pegar fogo em 30 de novembro de 1994, quando levava cerca de 1 mil passageiros e mais de 400 tripulantes, numa viagem pela costa Leste da África, em direção às Ilhas Seychelles. Pelo menos três pessoas morreram e oito ficaram feridas.
Segundo a empresa proprietária do navio, a Starlauro, de Nápoles, as três vítimas eram idosos que não conseguiram escapar a tempo do incêndio, que teve início às 3 horas (horário de Brasília) numa ala das cabines dos passageiros.
A Starlauro disse ainda não estar claro o que causou o incêndio no luxuoso navio. Autoridades italianas revelaram que receberam um pedido de socorro da tripulação do Achille Lauro poucos minutos antes do início do incêndio.
Navios petroleiros que atuavam na região foram decisivos no resgate das vítimas, a exemplo dos cargueiros Bardu e Treasure Island, também teriam ajudado no resgate dos ocupantes do Achille Lauro, levando os sobreviventes para o Djibuti e para o porto de Mombasa, no Quênia.
O luxuoso transatlântico tinha uma longa história de tragédias. Em 1985, o navio foi seqüestrado por terroristas palestinos no Mediterrâneo.
De acordo com funcionários da Guarda Costeira italiana, o navio de US$ 30 milhões mil) afundou às 19h10 (14h10 em Brasília), a cerca de 100 milhas (182,5 quilômetros) da costa da Somália, na África.
O Achille Laurose transformou em uma carcaça queimada à deriva no Oceano Índico e dois dias depois afundou.
"É uma notícia triste", disse o capitão do navio, Giuseppe Orsi, a última pessoa a sair da embarcação, em chamas, na quarta-feira.
O naufrágio do Achille Lauro ocorreu envolto em chamas e fumaça, um fim talvez inesperado para o navio, que já foi palco de um seqüestro e inspirou a criação de uma ópera.
As autoridades ainda não conseguiram identificar as causas do incêndio, que causou a morte de dois passageiros, embora haja suspeitas de que o fogo tenha sido provocado por uma ponta de cigarro.
Os sobreviventes do incêndio no Achille Lauro, somando 977 pessoas, foram transferidos de um petroleiro para navios de carga e para embarcações de guerra dos Estados Unidos.
Segundo o comissário de bordo do navio, Aldo Accadri, o fogo teve início na sala de máquinas. Os esforços para combater as chamas, realizados pelos tripulantes, foram inúteis.
O navio, construído em 1947 e reformado em 1965, ganhou as manchetes de todo o mundo em 1985, quando foi seqüestrado por quatro terroristas palestinos, que ameaçaram explodir a embarcação, que transportava 511 passageiros e tripulantes.