A história do futebol mundial conta nesta data com um episódio, trágico, vergonhoso, fruto do fanatismo ensandecido que por vários momentos tem empobrecido esse esporte tão envolvente.
Foi nesse dia, em 22 de junho de 1994, há 27 anos, que Andrés Escobar, zagueiro da Seleção da Colômbia, marcou um gol contra o seu próprio time, na disputa da Copa do Mundo, numa partida contra os Estados Unidos.
O gol contribuiu para a derrota da Colômbia por 2X1.Essa era uma forte geração colombiana, que chegou cotada como favorita, mas não passou da primeira fase.
Dez dias depois do gol contra, Escobar foi morto a tiros na saída de uma discoteca em Medellín. Era uma vingança contra o ato de Escobar que, com seu gol contra, ajudou a derrotar seu próprio time.
O fanatismo de um torcedor não permitiu que o jovem e promissor zagueiro, que se encontrava em ascensão, pudesse ter sequência. Escobar tinha apenas 27 anos ao ser assinado, e sua morte ainda hoje é algo muito traumático entre os colombianos. - Bom, têm sido 25 anos muito dolorosos.
Mas creio que o mais bonito é que em nenhum momento, Andrés "partiu" propriamente. Até hoje, as pessoas se lembram dele, nos confortam. Isto tem a ver com os valores e princípios que tinha Escobar - constata Santiago Escobar, irmão de Andrés e também ex-jogador.
Rincón, outro ídolo do futebol colombiano, também lamenta a ausência do defensor: - Era um cara muito legal, bastante divertido, sem contar tudo o que representava para nós na Colômbia, o "senhor" jogador que era. Um tipo de pessoa que está em extinção.
'Um cara legal, divertido e representava muito para nós', diz Rincón.